MANAUS – Membro da base do atual governo e de todos os outros desde que foi eleito pela primeira vez, em 1990, o deputado estadual Belarmino Lins (PP) “chegou ao limite” da paciência com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) nesta terça-feira (24).
Durante a sessão plenária híbrida da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), Belarmino reclamou que com a Seduc, diferentemente do que acontece com outras pastas – a exemplo da Sepror, Seas e SES-AM -, ele não consegue viabilizar a execução das suas emendas parlamentares impositivas desde o ano passado.
Segundo Belão, em 2019, um total R$ 980 mil em emendas dele ao orçamento do Estado voltadas à Educação deixaram de ser executadas. Neste ano, o montante já ultrapassa R$ 1,7 milhão.
O deputado afirma que, em geral, 80% das suas emendas são direcionadas ao interior e que, tirando as da Seduc, cerca de 90% já foram viabilizadas.
No desabafo, falando de si em terceira pessoa, Belão disse que vê um tratamento diferenciado da Seduc em relação às demais secretaria, uma “força oculta” que, usando burocracia excessiva, trabalha para dificultar a execução das suas emendas na sua base eleitoral.
No fim do discurso, o deputado lembrou que para se abrir uma investigação parlamentar contra a pasta (CPI) basta apenas mais “uma assinatura”. Como Belão foi o último a falar, não houve manifestação das lideranças do governo na Casa Legislativa.
“Senhores deputados, tem uma hora que chega o limite. A Secretaria de Educação, para mim, chegou ao limite”, protestou, ao elogiar as demais pastas do governo, que executaram suas emendas. “Na Seduc é nota zero”, completou.
Confira abaixo o vídeo: