MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), que classifica de “mais uma homenagem aos professores” o pagamento de um abono neste fim de ano com recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), já considerou a cobrança do referido pagamento, em 2017, como uma tentativa de “assassinar o futuro da educação”. E disse que esse tipo de pagamento era “coisa do governo Sarney”, defendendo que a medida era coisa de gestão ultrapassada.
Na ocasião, o prefeito era pressionado pelos professores da rede municipal, após o governador interino, David Almeida, anunciar o pagamento de R$ 236 milhões de sobras do Fundeb a educadores do Estado, na forma de abono.
Após a pressão, Arthur decidiu repassar verbas do Fundeb aos professores, mas incorporando-as nos salários de professores que aguardavam promoção.
“Abono é coisa do governo Sarney. Não trabalho com abono. Abono não contará para aposentadoria. Trabalho com progressão de profissional”, declarou o prefeito em coletiva, em setembro de 2017, quando disse que professores que articulavam protestos para cobrar abono do Fundeb atentavam contra a educação de crianças.
Arthur em 2020
Na segunda-feira, 23, Arthur informou que este ano fará “o repasse do que houver de sobra” dos recursos do Fundeb aos professores.
A informação foi confirmada após reunião com gestores da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
“Tudo que conquistamos na educação básica em Manaus foi com a participação direta dos professores, que assumiram conosco o compromisso de colocar Manaus entre as dez melhores cidades deste país no Ideb. Por isso, nada mais justo que conceder mais essa homenagem, oferecendo a eles um benefício a mais neste fim de ano”, disse o prefeito por meio de sua assessoria.
A Prefeitura de Manaus informou que ainda calcula quanto há de sobra do Fundeb.
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