MANAUS – Com a eleição de Augusto Ferraz (DEM) para a Prefeitura de Iranduba, a ex-primeira-dama do Amazonas Nejmi Aziz (PSD) herda a cadeira do hoje deputado estadual na Assembleia Legislativa (ALE-AM) a partir de 2021.
Isso porque Nejmi é a primeira suplente da coligação formada por PSD, DEM e Republicanos (Amazonas com Segurança I), que em 2018 elegeu quatro deputados. Na última eleição geral foram eleitos por essa coligação para a ALE-AM Ricardo Nicolau, do PSD; Josué Neto, à época no PSD; João Luiz, Republicanos; e Augusto Ferraz, do DEM.
Nicolau e Ferraz disputavam cargos majoritários, o primeiro em Manaus e o segundo em Iranduba. Na eventualidade de qualquer um dos dois ganhar, a vaga aberta na ALE-AM para os próximos dois anos ficaria com o primeiro suplente da coligação, no caso Nejmi.
Em Manaus, Nicolau ficou em quatro lugar na disputa pela prefeitura. Ferraz sagrou-se campeão em Iranduba.
Implicações
Alvo da operação Maus Caminhos, Nejmi foi presa duas vezes no ano passado. Ela é suspeita de ter recebido dinheiro da organização criminosa comandada por Mouhamad Moustafa, condenado por desvios de recursos da Saúde do Amazonas. A deputada nega envolvimento no esquema.
Em 2018, ela teve 19.959 votos, mais que sete dos 24 deputados estaduais eleitos na ocasião e só não entrou para a ALE-AM por falta de quociente eleitoral da coligação.
Como deputada estadual, Nejmi ganha foro especial na Justiça Estadual e na Justiça Federal, onde tramitam as ações da operação Maus Caminhos.
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