MANAUS – Após quedas nos meses de fevereiro (-2,2%), março (-9,9%) e, principalmente, abril (- 49,3%), o Amazonas registrou alta na produção industrial pelo quinto mês seguido em setembro. Os dados são da pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (10).
Com crescimento de 5,8% no mês, na avaliação do IBGE, a produção da indústria super as perdas das paralisações causadas pela pandemia de Covid-19.
Além do Amazonas, oito estados recuperaram em setembro o patamar de produção prépandemia: Ceará, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Pará, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
A variação de 5,8% no Amazonas foi alcançada na comparação com agosto. A média nacional foi de 2,6%, em setembro.
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Destaques da produção local
Algumas atividades da indústria local tiveram ótimos resultados em setembro, como a fabricação de equipamentos de informática e eletrônicos (celular, computador e máquinas digitais), que cresceu 30,4%, e a fabricação de bebidas, que cresceu 21,3%, e contribuíram para o desempenho positivo da indústria amazonense.
Várias outras produções também tiveram crescimento industrial em setembro, no Amazonas, como a fabricação de máquinas e equipamentos e materiais elétricos (15,9%) (conversores, alarmes, condutores e baterias); fabricação de produtos de metal (14,4%) (lâminas, aparelhos de barbear, estruturas de ferro); a fabricação de máquinas e equipamento (13,2%) (artefato de aço e tampas e cápsulas), outros equipamentos de transportes (11,3%) (motocicletas e suas peças), e a fabricação de produtos de borracha (1,6%).
Em setembro, as atividades que tiveram desempenho negativo foram as da indústria extrativa (óleo bruto de petróleo), com queda de 16,8%; impressão e reprodução de gravações (DVDs e discos), com queda de 53,7%; e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (gás natural), com queda de 3,5%.
Comparações
Quando se compara com setembro de 2019, o desempenho da indústria amazonense melhorou 14,2%.
No acumulado de 2020, período de janeiro a setembro, a variação segue negativa, -10,6%, depois de apresentar -13,8% no mês anterior. Em nível nacional, o desempenho da indústria no mesmo período está em -7,2%.
Já o desempenho dos últimos 12 meses, em setembro, foi de -5,7% no Amazonas; enquanto o desempenho nacional foi de -5,5%.
O desempenho da indústria amazonense de 5,8% em setembro, em relação ao mês anterior, posicionou o Estado na segunda posição entre as outras unidades da federação.
Os piores desempenhos foram os Estados do Mato Grosso, com -3,7%, Rio de Janeiro, com -3,1%, e Pará, com -2,8%. E os melhores, os do Paraná, com 7,7%, Amazonas, com 5,8%, e São Paulo, com 5,0%.
O desempenho negativo da indústria amazonense (-10,6%), no acumulado do ano (janeiro a setembro de 2020), em relação ao mesmo período do ano anterior, colocou o estado na antepenúltima posição entre as outras unidades da federação. Os piores desempenhos foram os do Espírito Santo, com -18,0%, Ceará, com -11,9%, e Amazonas, com -10,6%. E os melhores, os de Goiás, com 2,5%, Rio de Janeiro, com 2,2%, e Pernambuco, com 1,8%.
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