MANAUS – Para sustentar que houve “ingerência” e “influência” do vice-governador Carlos Almeida Filho nas decisões da Secretaria de Estado de Saúde referentes ao processo de compra de respiradores investigado pela operação Sangria, citado pelo delegado federal Henrique Albergaria nesta quinta-feira (8), o Ministério Público Federal (MPF) afirmou ao relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Falcão, que depois de permanecer três meses à frente da pasta, Almeida foi responsável pela nomeação do então substituto, Rodrigo Tobias, preso nesta manhã.
Segundo as investigações, o vice-governador tinha ciência da compra dos ventiladores mecânicos, ocorrida em abril, no ápice da pandemia de Covid-19 no Amazonas. A informação foi dada pela PF à Justiça, por meio representação apresentada subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo e acatada por Francisco Falcão, decisão a qual o ESTADO POLÍTICO teve acesso na íntegra.
Segundo a representação, Tobias se socorria de Carlos Almeida para verificar quais tipos de “arranjos” seriam feitos para a aquisição superfaturada dos equipamentos. Almeida também seria procurado pelos investigados para alinharem discurso na tentativa de se “protegerem” e encobrirem “a ilicitude dos atos praticados”.