MANAUS – Em conteúdo patrocinado publicado no Estadão, a Aegea Saneamento (Águas de Manaus) afirma que o descrédito entre a população no serviço privatizado, as características geográficas e o crescimento desordenado da cidade fazem da capital do Amazonas um grande desafio na área de saneamento, principalmente na coleta e tratamento de esgoto.
“A capital do Amazonas é considerada um desafio, especialmente na coleta e tratamento de esgoto. Além de suas características geográficas e de crescimento desordenado – muitas comunidades espalhadas, becos e palafitas (moradias em regiões alagadas) -, já passaram por Manaus três empresas desde que o saneamento foi concedido à iniciativa privada, há duas décadas, o que gerou um desgaste com os habitantes do município”, diz um trecho do texto, que foi publicado no espaço em que o jornal vende às empresas.
Leia a íntegra aqui.
No conteúdo, a concessionária promove ações que, segundo ela, tem melhorado a relação com a população de Manaus. O título do texto é “Concessionária se aproxima da população para mudar cenário do saneamento em Manaus”.
Conscientizar é desafio em Manaus
Em outro texto, também patrocinado, o diretor-presidente da Águas de Manaus, Renato Medicis afirma que um desafio conscientizar a população da capital do Amazonas sobre saneamento.
“O grande desafio que existe em cidades com abundância de água é exatamente criar o entendimento sobre os benefícios da água tratada e da coleta e tratamento de esgoto, um trabalho que precisa ser feitos nas escolas, junto às donas de casa, com a população em geral”, explica Renato Medicis, diretor-presidente da Águas de Manaus.
Privatização não melhorou serviço de esgoto
Na capital do Amazonas, os serviços de água e esgoto foram privatizados em 2000, pelo ex-prefeito Amazonino Mendes (Podemos). Duas décadas depois, o investimento no fornecimento de água avançou, mas o serviço de esgoto ficou estagnado.
Dados do Painel Saneamento Brasil mostram que 1,8 milhão de pessoas em Manaus, o que equivale a 87,7% da população, estão sem coleta de esgoto. O painel trabalha com informações do ano de 2017.
Segundo os mesmo dados, até 2017, 10,7% da população não tinham acesso à água. O que equivale a 228,8 mil pessoas. Veja os números completos sobre Manaus aqui.
O estudo é realizado pelo Instituto Trata Brasil (ITB). Os dados mostram que 89,3% da população tinha acesso à água em 2017. Naquele ano, a população de Manaus era estimada em 2,1 milhões.