MANAUS – O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) se posicionou contrário a uma possível greve neste momento contra o retorno das atividades presenciais nas escolas da rede pública.
Na sexta-feira (17), outra entidade representativa da categoria, o Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) aprovou por maioria de votos um estado de greve dos profissionais da educação por conta de um eventual retorno das atividades presenciais nas escolas da capital. O motivo é o temor quanto à contaminação de profissionais e alunos pelo vírus da Covid-19 (SARS-CoV-2).
Os índices de internação e óbitos da doença vêm reduzindo desde junho em Manaus, mas a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) tem alertado que o vírus continua circulando e que os cuidados sanitários, como uso de máscaras e evitar aglomerações, deve ser mantido.
O Sinteam, em nota, neste domingo (19), disse que o instrumento da greve deve ser usado com cautela. “É nítido que a categoria é contra o retorno das aulas”, reconheceu mas ninguém falou em cancelar e parar o ano, as atividades remotas ainda estão ocorrendo.
“Defendemos não voltar à escola até termos garantias. Usar o termo greve nesse momento é confundir a categoria, pois pode ser entendido como parar tudo, inclusive as atividades remotas”, ressaltou.
“Temos que ter muita responsabilidade para não banalizar o instrumento de luta que nos deu tanta vitórias, que é a GREVE”, afirma a nota.
O Sinteam afirma que é preciso que a maioria maciça dos sindicalizados decida pelo movimento paredista para que ele possa acontecer.
Para o sindicato, “usar o termo greve nesse momento é confundir a categoria”.
Em notas divulgadas nos últimos dias tanto a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) quanto a Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed) negaram que haja uma data marcada para o retorno, embora discutam como e quando isso deve acontecer.
Abaixo, a nota do Sinteam na íntegra:
Temos que ter muita responsabilidade para não banalizar o instrumento de luta que nos deu tanta vitórias, que é a GREVE.
Conseguimos depois de várias campanhas entre a categoria e a sociedade (pesquisa, outdoor, reunião com MPE, redes sociais, live com especialistas e imprensa), pois o governo não dialoga, fazer com que a SEDUC afirme que não há data para início das aulas e nem para as atividades presenciais nas escolas. Isso já é um passo dado.
Greve é um instrumento jurídico, tem regras estabelecidas que são sempre questionadas na justiça, então se não tiver pra além da força política, um embasamento mínimo jurídico, ela não se sustenta.
O SINTEAM tem uma base de sindicalizados de mais de 10 mil associados. As nossas assembleias que aprovaram greve tinham mais de 10 mil pessoas.
É nítido que a categoria é contra o retorno das aulas mas ninguém falou em cancelar e parar o ano, as atividades remotas ainda estão ocorrendo.
Defendemos não voltar à escola até termos garantias. Usar o termo greve nesse momento é confundir a categoria, pois pode ser entendido como parar tudo, inclusive as atividades remotas.
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