MANAUS – Uma articulação nacional que envolveria o apoio do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) à candidatura do Partido dos Trabalhadores (PT) à Prefeitura de Manaus foi descartada nesta terça-feira (14) pelo presidente municipal da sigla socialista, o professor Jonas Araújo.
A articulação nacional foi citada em matéria publicada pela Folha de S. Paulo no último domingo (12). O movimento, de acordo com Folha, seria uma contrapartida pelo apoio do PT ao candidato do Psol à Prefeitura de Macapá (AP), o deputado Paulo Lemos.
Em nota ao ESTADO POLÍTICO, Jonas ressaltou que o Psol Manaus está em pleno debate democrático sobre as estratégias eleitorais e está em processo de inscrições de pré-candidaturas à vaga ocupada hoje por Arthur Neto (PSDB).
As alianças, no entanto, não estão descartadas, conforme informou o dirigente local, inclusive com o PT. O objetivo da legenda, ressaltou ele, não é alimentar o divisionismo na esquerda (a matéria da Folha foi intitulada ‘Eleição nas capitais terá esquerda dividida, bolsonaristas isolados e novo xadrez de alianças’).
O Psol tem até agora, segundo Jonas Araújo, três pré-candidatos inscritos à sucessão do Excutivo na capital amazonense: ele próprio, Luiz Fernando e Raoni Lopes. O debate dos pré-candidatos está previsto para ocorrer na próxima quinta-feira (16).
“Estamos construindo um projeto socialista e real para Manaus. A maturidade desse projeto político, abrange, de forma natural, as possibilidades de um arco de alianças com partidos de esquerda que estejam realmente dispostos a construir uma alternativa socialista”, destacou.
“O PSOL se apresenta como um partido aberto ao debate com o conjunto da esquerda manauara. Estamos em diálogo com o PCB e o PSTU e queremos estender esse diálogo com o PT, PC do B e PSB”, ressaltou Jonas. “(…) não pretendemos alimentar o divisionismo na esquerda, mas, também, somos contrários a política de conciliação com o centrão, a direita e a extrema direita”, acrescentou.
PT vai de Zé
O candidato do PT, deputado federal José Ricardo, é o mais bem posicionado da esquerda nas pesquisas de intenção de voto divulgadas até agora. Isso foi, inclusive, um dos argumentos utilizados para a defesa da candidatura dele ante a do deputado Sinésio Campos.
A escolha interna do PT por José Ricardo, contudo, não foi pacífica e envolveu uma espécie de intervenção da Executiva Nacional.
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