MANAUS – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (24), mostra que 938 mil pessoas que queriam um emprego no Amazonas, no mês de maio, enfrentaram dificuldades para se inserir no mercado de trabalho, seja por falta de vagas ou receio de contrair o novo coronavírus.
O número inclui cerca de 759 mil pessoas que sequer conseguiram procurar emprego no mês passado por causa da pandemia ou por falta de oportunidade na localidade em que vivem. A projeção também leva em conta outras 179 mil que estavam desempregadas e até buscaram uma ocupação, mas não encontraram.
Outras informações
Em maio, o IBGE estima que cerca de 1 milhão e 307 mil pessoas estavam ocupadas no Amazonas, embora 2 milhões e 955 mil estivessem em idade para trabalhar. Isso significa que menos da metade (44,2%) estava trabalhando no mês passado, no Estado.
A pesquisa mostra também que o Estado somava 641 mil trabalhadores na informalidade, que são os empregados do setor privado sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregados que não contribuem para o INSS, trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.
Segundo os dados da PNAD Covid-19 de maio, foram estimados, no Amazonas, cerca de 4 milhões de habitantes.
Na população residente, 2,95 milhões tinham 14 anos ou mais de idade, ou seja, em idade de trabalhar.
A população na força de trabalho era 1,48 milhão. Entre esses, 1,3 milhão estavam ocupados e 179 mil, desocupados.
A população fora da força de trabalho ficou estimada em 1,46 milhão.
Sobre a pesquisa
A pesquisa, realizada com apoio do Ministério da Saúde, tem o objetivo identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal.
O IBGE planeja realizar divulgações semanais para alguns indicadores nacionais e divulgações mensais para um conjunto mais amplo de indicadores, por unidades federais.
O instituto ressaltou que o dados desta pesquisa não podem ser cruzados com os dados da PNAD Contínua Trimestral, pois possuem metodologias diferentes.