Da Redação |
A procuradora especial da Mulher da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas), deputada Alessandra Campelo (Podemos), classificou nesta terça-feira, 18, como violência de gênero a declaração do senador Plínio Valério (PSDB) contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O político, em evento realizado pela Fecomércio (Federação do Comércio do Estado do Amazonas) na sexta-feira, 14, disse, em tom irônico, ao se lembrar do depoimento da ministra na CPI das ONGs: “Imagina o que é tolerar a Marina seis horas e dez minutos sem enforcá-la”.
“Com todas as reservas que eu tenho em relação à dificuldade que o ministério, que a ministra controla, coloca em relação à BR319, discordo em muitas coisas em relação à BR-319, porque a gente precisa dessa estrada, mas eu não posso admitir como mulher, como Procuradora da Mulher (da ALE-AM), como representante das mulheres, esse tipo de violência”, disse a deputada em vídeo publicado nas redes sociais.
Alessandra, no vídeo, destaca que o senador nunca fez comentários semelhantes sobre autoridades masculinas. Ela relaciona a fala de Valério à cultura de violência contra a mulher.
“Engraçado que eu, engraçado não! Porque de engraçado isso não tem nada. Mas assim, o patético é que eu nunca vi o senador e eu não tenho nada pessoal contra ele, tá? Nunca tive. Eu nunca vi o senador dizer que ia enforcar um homem por achá-lo insuportável ou qualquer coisa assim. Ele nunca falou isso sobre nenhuma autoridade masculina. Isso é a cultura da violência contra a mulher”, completou.
A declaração de Plínio foi dada durante discurso no evento de entrega da Medalha do Mérito Comercial, evento realizado pela Fecomércio.
No mesmo discurso, o senador disse que “não entende p0rr@ nenhuma de Zona Franca e tributo”.
Veja o vídeo: