Por Lúcio Pinheiro |
O número de focos de queimadas no Amazonas, entre janeiro e 11 de agosto é 135% maior que o do mesmo período do ano passado.
A informação consta no monitoramento do programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Segundo o INPE, até domingo (11), o Amazonas registrava 7.950 focos de queimadas. Em 2023, no mesmo período, o total de focos era de 3.383.
Os focos são registrados por meio de satélite. De acordo com o INPE, o Amazonas é o terceiro estado com maior número de queimadas. Só perde para Mato Grosso e Pará.
O INPE aponta que o Amazonas é responsável por 10,4% de todos os focos de queimadas no país. Em segundo vem o Pará, que responde por 13%. E o Mato Grosso lidera com 18.3%.
O Amazonas tem dois municípios entre os 10 que mais registram focos de queimadas em 2024: Apuí e Lábrea, ambos no sul do Estado.
Até o último domingo (11), Apuí já tinha registrado 2.607 focos. O número coloca a cidade como a segunda no Brasil com mais queimadas.
Lábrea é o quinto município com mais focos no ano: 1.396.
A fumaça provocada pelas queimadas em outros municípios começou invadir Manaus, que não registra nenhum foco.
Desde a semana passada o problema passou a se intensificar.
Segundo o App Selva, a qualidade do ar em Manaus é considerada “Muito Ruim”, principalmente nas zonas Sul e Norte.
A qualidade do ar é medida pela concentração de materiais particulados (compostos químicos em suspensão na atmosfera) por metro cúbico no ar.
A partir da concentração de 75 microgramas de material particulado por metro cúbico de ar, o nível de poluição é considerado “muito ruim”.
Em 7 pontos de Manaus, essa concentração de material particulado varia entre 75.4 a 89.