MANAUS – Em nota sobre o adiamento da análise de um recurso que questiona sua escolha como candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Prefeitura de Manaus, divulgada nesta segunda-feira (8), o deputado estadual Sinésio Campos listou, além do Psol, o PSDB e o PDT como partidos aliados.
Durante os oito anos em que ficou na Presidência da República, o PSDB teve como principal opositor do PT e dividiu com ele o protagonismo das eleições presidenciais entre 1994 e 2014, sendo um o principal partido de oposição nos anos do PT no governo, até a deposição da presidente Dilma Rousseff e a ascensão do bolsonarismo ao poder.
Aliado histórico, o PDT vem se afastando do PT, o que se acentuou em 2018, quando mesmo no segundo turno o seu presidenciável, Ciro Gomes, não declarou voto explícito no candidato petista Fernando Haddad.
No Amazonas, o PSDB tem como maior figura Arthur Virgílio Neto, um dos fundadores da legenda e que hoje ocupa a cadeira pretendida por Sinésio no pleito de 2020.
O PDT foi a sigla do senador Jefferson Péres (falecido em 2008) e, entre 2011 e 2019, abrigou o ex-governador Amazonino Mendes. Hoje tem como principal político o ex-deputado Hissa Abrahão (ele deu voto favorável ao impeachment de Dilma).
Ao afirmar o processo democrático na escolha do candidato pelo PT, Sinésio destacou em nota que, independentemente de quem fosse escolhido, dedicaria respeito e apoio ao nome. Foi quando citou os partidos como aliados.
“Da mesma forma, espero o apoio e respaldo político-partidário para seguirmos em unidade na campanha eleitoral. Campanha cujas propostas serão construídas por meio do diálogo com partidos aliados como o PSDB, PDT, PSOL, entre outros que se disponham ao diálogo. Entendo que ninguém vence uma eleição ou governa sozinho, por isso o PT precisa dialogar com os partidos para construir propostas de governo”, declarou Sinésio.
Defesa da candidatura
O deputado lembrou que já disputou três prévias no PT, para cargos majoritários, e que sempre acatou as decisões partidárias.
“Agora chegou a nossa vez. E, no momento certo. Quando me sinto preparado e com a idade certa para disputar e, caso seja aceito pala população, para administrar Manaus. É gratificante ter sido escolhido para representar o povo de Manaus como candidato às eleições municipais de 2020. Principalmente neste momento em que nossa cidade necessita de novas ações administrativas para torná-la um local melhor de se viver e de uma gestão participativa e popular”, afirmou.
Na nota, Sinésio, que é presidente estadual do partido, afirma que sua vitória nas prévias foi fruto do apoio de aliados, como o vereador Sassá da Construção Civil, que também disputou a indicação do PT para ser candidato a prefeito, do presidente do Diretório Municipal, Waldemir Santana, e militantes que acreditam na sua candidatura.
“Agradecemos o apoio ao nosso nome e garantia para que o processo de escolha fosse conduzido de forma democrática e com justeza. Por isso ressalto a forma democrática em que prevaleceu o bom senso e a decisão da maioria dos membros. Agora somos o número 13 na legenda eleitoral e é hora de unidade partidária e união para que possamos estar fortalecidos na campanha, não só para Prefeitura, mas para eleger uma boa base de vereadores. Defendemos uma gestão popular e participativa”.
Sinésio Campos afirmou ainda que o reconhecimento de todos aqueles que apoiaram ou votaram para a candidatura traz a certeza de que realizar um trabalho, que busca contribuir efetivamente para a melhoria da vida de todos os cidadãos, é o caminho certo. “E, é exatamente o que queremos continuar fazendo nesta nova fase de lutas em prol da população. Meu foco, enquanto candidato à Prefeitura, é de construir projetos que possam gerar emprego e renda para nossa população, além de procurar garantir melhor qualidade de vida para todos. “E, para que tudo isso seja possível, companheiros, convido todos a participarem comigo dessa jornada, em que cada pessoa que vive nesta terra, terá vez e voz para que possamos realizar o melhor trabalho”.
Entre as proposta de administração, estabelecidas em 13 pontos básicos, estão a descentralização da administração com a implantação de subprefeituras nas zonas urbanas; melhoria da mobilidade urbana, sobretudo no que tange ao transporte coletivo; regularização fundiária de terras e imóveis na cidade; mais atenção aos sistemas de educação e saúde, que serão prioridades; incentivo à geração de emprego e renda à população, principalmente aos jovens; gás de cozinha social, para reduzir o preço do produto às famílias carentes; incentivar e trabalhar pela facilitação (desburocratizar) de linhas de créditos às micro e pequenas empresas; e, investimento na capacitação profissional.
“Entendemos que não há programa ou projeto que traga o desenvolvimento a Manaus e ao Estado se não houver reais ações para melhorar as condições de vida da sociedade. Falo de ocupação, emprego e renda. Antes de cobrar responsabilidades à juventude é preciso gerar oportunidades. Mas sei que concretizar estas propostas não é algo fácil. Mas, são um compromisso, não somente de campanha, mas de um cidadão que também vive (mora) em um bairro da periferia de Manaus”, compromete-se.