MANAUS – O governador Wilson Lima, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE-AM), anunciou nesta quarta-feira, 24, que o Estado entrará com uma representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra as operadoras de navegação que anunciaram um aumento na chamada “taxa de pouca água” devido ao baixo nível dos rios na região.
A entidade é responsável por adotar medidas administrativas para manter a lealdade na concorrência.
Segundo a PGE, a ação é necessária por conta do aumento da cobrança realizada por empresas responsáveis por navios com contêineres, os quais fazem o transporte de produtos para a região.
No dia 5 deste mês, em entrevista à imprensa, Wilson afirmou que recebeu com indignação a notícia de que operadoras de navegação aumentariam a referida taxa.
A taxa da operadora de navegação MCS será de 5 mil dólares por contêiner. Já a da empresa Maersk será de 5,9 mil dólares.
A cobrança deve iniciar já no mês de agosto.
O caso foi denunciado no dia 3 de julho, pelo titular da Sedecti (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas), Serafim Corrêa (PSB), durante a 315ª reunião do Conselho Administrativo da Suframa (CAS).
“Primeiro, eu recebi com muita indignação essa notícia. E o comércio, os setores produtivos, a indústria também respondeu com muita indignação e não é para menos. Nós sofremos muito no ano passado com a questão da seca e esse ano vamos sofrer mais ainda porque o principal meio de transporte que nós temos aqui são os barcos. Os nossos rios aqui são as nossas estradas. E no momento em que a gente mais precisa de ajuda de alguém que está tendo lucro na região amazônica vem colocar mais uma carga sob os comerciantes e empresários, porque no momento em que há uma sobretaxação do transporte isso em algum momento vai ser repassado para o consumidor, então, lá na ponta, no final das contas, é o cidadão que mora aqui na região amazônica que vai ter o preço dos produtos encarecidos”, disse Wilson na ocasião.