Da Redação |
O período de estiagem no Amazonas, em 2024, deve ser adiantado em 30 dias e os impactos sentidos já a partir do mês de julho.
A informação foi divulgada pelo Governo do Estado nesta quinta-feira (20), após o governador Wilson Lima (UB) reunir com secretários para tratar do planejamento de ações de enfrentamento à estiagem.
“Desde fevereiro nós estamos nos mobilizando. Houve todo um planejamento assim que nós superamos aquela situação do ano passado e entramos pelo início do ano de 2024, fazendo esse trabalho e entendendo quais as ações que nós deveríamos implementar. E também a comunicação que nós deveríamos fazer principalmente aquelas empresas, órgãos, comércio, indústria, que tratam de serviços que são essenciais para a nossa população”, disse o governador.
Durante coletiva, Wilson listou algumas das ações em andamento e outras que devem ser executadas nos próximo dias, entre elas as destinadas às áreas de saúde e educação.
Vazante dos rios
O secretário da Defesa Civil, coronel Francisco Máximo, apresentou um panorama da situação dos níveis dos rios.
Segundo ele, na Bacia do Solimões, observou-se uma desaceleração nos níveis entre fevereiro e abril.
Tabatinga teve uma redução de 37 cm em abril, indicando que a vazante na Amazônia peruana e brasileira se antecipou, o que afetará significativamente as bacias do médio e baixo Solimões.
Água
Uma das ações já em andamento é a garantia de água potável para as regiões mais distantes, que deveram ser afetadas pela estiagem.
“A Defesa Civil já realizou, este ano, a instalação de 42 estações de tratamento de água. A Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) vai instalar, até o final do mês de setembro, mais 20 estações do sistema simplificado de tratamento de água, o ‘Água Boa’. Desde 2019, Cosama e Defesa Civil já instalaram mais de 540 sistemas em todo o Amazonas”, informou o governo.
A partir da próxima terça-feira (25), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) vai reforçar o envio de medicamentos e produtos da saúde para municípios das calhas do Alto Solimões, Madeira, Purus e Juruá.
“Isso vai proporcionar que a gente possa ir trabalhando com pouco mais de folga na assistência àquele usuário que mora naquela região do interior do estado”, declarou a secretária de Saúde, Nayara Maksoud.
Aula e merenda em Casa
Prevendo que em muitas regiões não será possível manter aulas presenciais, a Seduc (Secretaria de Educação) prepara projetos para garantir aula remota e entrega de merenda escolar em casa.