Da Redação |
Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quinta-feira (25) mostram que, em 2023, o Amazonas tinha 2 milhões de pessoas vivendo sob situação de insegurança alimentar (leve, moderada ou grave).
O número representa 47% da população, que em 2023 foi estimada pelo IBGE em 4,2 milhões. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) sobre segurança alimentar.
De acordo com o IBGE, essas 2 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar vivem em 530 mil domicílios.
Conceitualmente, a segurança alimentar reflete o pleno acesso dos moradores dos domicílios aos alimentos, tanto em quantidade suficiente como em qualidade adequada.
Nessas circunstâncias de acesso pleno, a pessoa entrevistada sequer relata preocupação ou iminência de sofrer qualquer restrição alimentar no futuro próximo.
A classificação dos níveis de insegurança é feita da seguinte forma:
Insegurança Alimentar leve: quando aparece a referência à preocupação com o acesso aos alimentos no futuro e já se verifica comprometimento da qualidade da alimentação no domicílio e os moradores adultos da família assumem estratégias para manter uma quantidade mínima de alimentos disponível aos seus integrantes.
Insegurança Alimentar moderada: quando os moradores, sobretudo os adultos da família, passam a conviver no período de referência com a restrição quantitativa de alimentos.
Insegurança Alimentar grave: é quando, além dos membros adultos, as crianças, quando presentes, também passam por privação severa no consumo de alimentos, podendo chegar à sua expressão mais aguda, a fome.
Segurança alimentar
No quarto trimestre de 2023, a PNAD Contínua estimou um total de 1,2 milhão de domicílios particulares permanentes no Amazonas. Deste total, 57,4% estavam em situação de Segurança Alimentar (SA). Isso representa 2,3 milhões de pessoas, ou 52,7% da população do Estado.
Na comparação com a situação do país, no que se refere à Segurança Alimentar, o Amazonas apresentou 15 pontos percentuais (p.p.) a menos e no que diz respeito à Insegurança Alimentar o Estado mostrou estar 15 p.p. acima do resultado nacional.
Ranking
Segundo a pesquisa do IBGE, o Amazonas é o 4º Estado com o maior percentual de domicílios em situação de insegurança alimentar (42,6%), ficando atrás apenas de Sergipe (49,2%), Pará (47,7%) e Maranhão (43,6).
Em 2023, dos 42,6% de domicílios com insegurança alimentar no Estado, 9,1% (113 mil domicílios) foram classificados com Insegurança Alimentar grave, o que atingiu 437 mil moradores.
Ano passado, no ranking das Unidades da Federação, o Amazonas (9,1%) foi o segundo onde os domicílios apresentaram maior percentual de Insegurança Alimentar grave. O Pará ficou como o primeiro no ranking (9,5%), em seguida vieram os Estados do Amapá (8,4%) e Maranhão (8,1%).