Da Redação |
A Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (APIAM) criticou a decisão do Governo do Amazonas de liberar a licença para que a empresa Potássio do Brasil instale uma mina de exploração de potássio no município de Autazes (a 113 quilômetros de Manaus).
A licença de instalação foi entregue oficialmente na segunda-feira (8).
Para a APIAM, a exploração de potássio em Autazes é a busca por desenvolvimento econômica a “qualquer custo”, sem considerar os impactos paras os indígenas que moram na região.
“As comunidades do povo Mura não foram consultadas nem foi realizado o Estudo do Componente Indígena no processo de licenciamento ambiental”, ressalta a APIAM entre trecho de sua nota de repúdio.
O licenciamento também foi criticado por comunidades indígenas locais, como a do Lago do Soares, da aldeia Moyray/Terra Indígena Guapenú, e a Organização de Lideranças Indígenas Mura de Careiro da Várzea.
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Potássio do Brasil negam que o empreendimento esteja em terra indígena. Também afirmam que os povos indígenas da região foram, sim, ouvidos.
No evento de segunda-feira estava presente o coordenador do Conselho Indígena Mura, Kleber Mura, que apoio o projeto.
Leia abaixo a íntegra da nota da APIAM: