MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou, em nota, nesta quinta-feira, 14, que conseguiu na Justiça a prorrogação da prisão temporária, por 30 dias, do técnico da seleção amazonense, categoria sub-16, Walhederson Brandão Barbosa, 40 anos. Ele é investigado pelos crimes de favorecimento à prostituição e exploração sexual dos próprios alunos. Até o momento, 17 vítimas foram identificadas.
Conforme a delegada Joyce Coelho, titular da Depca (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente), a decisão de prorrogação considera as diligências a serem realizadas, as perícias nos aparelhos eletrônicos apreendidos, bem como o depoimento das vítimas.
A delegada classificou a investigação como “complexa”, em razão dos fatos e crimes cometidos pelo técnico e ressaltou que o prazo concedido pelo Poder Judiciário é essencial para que a polícia possa finalizar o Inquérito Policial (IP).
As investigações iniciaram após recebimento de denúncia anônima informando sobre um vídeo que teria sido compartilhado em um aplicativo de mensagens, entre os alunos de um colégio de rede pública, no qual Walhederson aparece tendo relações sexuais com dois adolescentes.
O treinador foi preso no dia 14 de novembro em sua casa, localizada no bairro Vila da Prata, zona Oeste de Manaus. No momento da prisão, segundo policiais, seis adolescentes estavam na residência. Dois estavam dormindo na cama com o treinador.
De acordo com a Polícia Civil, o técnico praticava atos sexuais contra os adolescentes com a promessa de torná-los atletas profissionais em times de prestígio de fora do Amazonas. O treinador, segundo a investigação, filmava os estupros.