MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse na manhã desta segunda-feira, 25, que ao aceitar a abertura de um processo de impeachment em meio à pandemia do novo coronavírus, o presidente da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado), Josué Neto (PRTB), se preocupou em “resolver a própria vida”.
Josué se lançou pré-candidato à Prefeitura de Manaus ao ingressar no PRTB. E no caso do afastamento de Wilson e do vice-governador Carlos Almeida, assumiria o governo estadual interinamente.
“É uma atitude covarde com o povo do Amazonas, por que isso drena energia do Estado, drena energia da ALE-AM, isso passa uma impressão muito ruim para a população, que enquanto está todo mundo preocupado com a questão da Covid, estão discutindo questões políticas, estão querendo se promover politicamente, enquanto deveria estar preocupado em salvar vidas, está preocupado em resolver sua própria vida. É um processo que é contaminado pela questão eleitoral que se avizinha”, disse Wilson.
A declaração do governador foi dada na manhã desta segunda durante entrevista a uma rádio local.
Wilson disse ainda que a decisão de Josué em aceitar a abertura do processo de impeachment é “solitária, inoportuna, ilegal e inadequada”.
“Eu não tenho o menor problema de tratar de questões políticas, eu tenho uma boa relação com a Assembleia e eu não vejo nenhuma dificuldade com relação a isso. Mas primeiro nós precisamos superar o problema da pandemia, primeiro a gente tem que entender como é que nós vamos ampliar a nossa estrutura de atendimento, e nesse momento as atenções voltadas para o interior do Estado. A decisão do presidente da Assembleia em aceitar o processo de impeachment, é uma decisão solitária, é inoportuna, é ilegal e é inadequada”, avaliou.
Procurado pela reportagem, Josué Neto disse que a presidência do Legislativo e a chefia do Executivo são posições impessoais. “A democracia brasileira que esse ano completa 35 anos, não permite pessoalidades. Por isso não comentarei as falas pessoais do chefe do Executivo”, declarou o deputado.
Outro lado
Procurado pela reportagem, Josué Neto disse que não comentaria a fala do governador.
“O presidente do Legislativo e o chefe do Executivo são posições impessoais. A democracia brasileira que esse ano completa 35 anos não permite pessoalidades. Por isso não comentarei as falas pessoais do chefe do Executivo”, disse o presidente da ALE-AM.