Por Lúcio Pinheiro |
De cada 100 jovens (entre 15 e 29 anos) que morrem no Amazonas por qualquer causa, 92,7 são vítimas de homicídios.
O número consta na nova edição do “Atlas da Violência”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Os dados de homicídios de jovens referem-se ao período de 2020 e 2021.
Segundo o “Atlas da Violência”, entre as 27 Unidades da Federação (UF), o Amazonas é a terceira onde mais jovens morrem por violência letal (homicídio).
O Amazonas só fica atrás dos estados do Amapá e Bahia, com taxas de homicídios de 128,1 e 121,2, respectivamente.
Outro dado que chama atenção é que, no período (2020 e 2021), o Amazonas foi o segundo estado que apresentou o maior crescimento da taxa de homicídios de jovens, por grupo de 100 mil.
De acordo com o relatório do Ipea, entre 2020 e 2021, no Amazonas, a taxa de homicídios de jovens cresceu 45,1%. Número inferior apenas ao de Rondônia (45,3%).
O relatório destaca que a taxa de homicídios de jovens reduziu em 18 das 27 UFs.
“Os dados de 2021 também indicam a redução em dezoito das 27 UFs. No sentido inverso, nesse último ano, chama atenção o expressivo aumento da taxa de homicídio de jovens em Rondônia e no Amazonas, que apresentaram crescimento de 45,3 e 45,1%, respectivamente”, destaca o Ipea em trecho do relatório.
O estudo
O “Atlas da Violência” é divulgado anualmente. A publicação tem como base principalmente dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ambos sob gestão do Ministério da Saúde.
Também são levados em conta pela publicação os mapeamentos demográficos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e levantamentos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.