MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), prendeu, nesta quarta-feira (1º/11), um homem de 32 anos por divulgar conteúdo pornográfico em um grupo de aplicativo de mensagens com cerca de 700 integrantes. A vítima seria um adolescente de 14 anos.
Conforme o delegado Antônio Rondon, titular da unidade especializada, a atitude do indivíduo foi repudiada pelos demais membros do grupo, o que fez com que ele apagasse a mídia. Entretanto, um dos integrantes conseguiu salvar e denunciar o fato à polícia, tendo em vista que a postura é considera pedofilia.
“Deste modo, foi possível identificar o autor e representar pela busca e apreensão residencial e autorização para extrair as mídias do aparelho celular. Na manhã desta quarta, fomos até a casa do infrator, o indagamos e ele confessou a autoria do crime. O telefone dele também foi apreendido após buscas pelo imóvel”, disse.
Ainda segundo o delegado, o autor teria apagado todos os arquivos do seu celular após ter sido criticado pelos membros dos grupos, no entanto, foi possível recuperá-los por meio do Departamento de Inteligência de Polícia Judiciária (DIPJ), da PC-AM.
“Dentre as mídias deletadas, encontramos o vídeo original da investigação, ocasião em que demos voz de prisão em flagrante a ele. O adolescente não foi identificado, todavia ele não seria a primeira vítima deste criminoso, que confessou ter mantido relações sexuais com outros adolescentes mediante pagamento que varia entre 50 à 100 reais”, explicou.
Rondon reforçou que as investigações irão continuar para identificar outras possíveis vítimas e aproveitou a oportunidade para alertar quanto à denúncia de crimes cibernéticos envolvendo crianças e adolescentes.
“É importante que essas práticas sejam denunciadas, para que possamos identificar e prender os autores, pois desta forma podemos resguardar a integridade e segurança deste público”, salientou.
Procedimentos
O indivíduo responderá por armazenamento de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes e ficará à disposição da Justiça.