Por Janaína Andrade|
MANAUS – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na manhã desta quarta-feira, 25, que o problema da seca no Amazonas é um problema, também, do Governo Federal. A declaração foi dada durante discurso na solenidade de instalação do Conselho da Federação, no Palácio do Planalto, em Brasília.
“Nós vivemos um momento em que o problema da seca no Amazonas não é um problema dos estados da Amazônia, do Amazonas, do Pará, do Amapá, do Acre, não. Não é um problema desses estados. É um problema do Brasil”, disse o presidente ao defender a boa relação entre os governos federal, estaduais e municipais.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, participou do evento e foi empossado como suplente na cadeira de representante da região Norte. Conforme dados de terça-feira (24), dia em que Manaus completou 354 anos, dos 62 municípios do Amazonas, 59 estão em estado de emergência, um em alerta e dois em normalidade, afetando 152 mil famílias e 608 mil pessoas.
“Essa iniciativa atende uma demanda nossa, governadores e prefeitos, que enfrentamos diretamente problemas que afetam a vida de quem mora nas cidades e estados, como a estiagem histórica que o Amazonas enfrenta. E com o Conselho temos a oportunidade de diálogo direto para encontrarmos resoluções mais rápidas para essas situações”, avaliou Wilson Lima.
O Conselho foi criado por Lula em abril deste ano. Conforme o decreto, o Conselho da Federação vai trabalhar para subsidiar e promover “a articulação, a negociação e a pactuação de estratégias e de ações de interesses prioritários comuns, com vistas ao desenvolvimento econômico sustentável e à redução das desigualdades sociais e regionais”.
“Nunca perguntei de que partido era o prefeito, o governador, não me interessa. O que me interessa é saber se ele foi eleito democraticamente para dirigir os interesses do povo do seu estado. Cabe ao presidente, pura e simplesmente, acabar com divergências pessoal e partidária e fazer o que tem que fazer pro povo do estado”, destacou.
Lula disse ainda que é preciso “desempinar o nosso nariz, olhar para as pessoas com humildade e conversar”.
“Esse país precisa de paz, harmonia, estabilidade econômica e social, de previsibilidade, de gente que, com muita humildade, cumpra com sua função e deixe de falar mal dos outros”, disse.