Por Lúcio Pinheiro |
Dados do governo federal divulgados nesta sexta-feira (13) apontam que de 2019 a 2023, 73,5% dos focos de incêndio no Amazonas ocorreram em áreas já desmatadas. Destes, 55% em áreas recém desmatadas.
Os números foram apresentados em coletiva pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. Segundo ele, com a estiagem severa no Estado, começou a ser registrado, também, fogo em floresta em pé. Isso porque a vegetação está mais seca e os incêndios em áreas já desmatadas acabam escapando do controle e espalhando com facilidade para a floresta.
“Então, para nós, a principal estratégia para combater incêndio é combater desmatamento. As pessoas derrubam a floresta, que é úmida, esperam ela secar e queimam. Ela tenta regenerar, queimam no ano seguinte. Regenera de novo, queima no terceiro ano. Normalmente, são de três a cinco anos de queimadas na mesma área para que haja limpeza completa da floresta naquele local. O que a gente está vendo é que a seca está tão intensa que a gente está começando ter incêndio na floresta em pé. A pessoa queima a área, não consegue manter o controle e o fogo acaba escapando para áreas de floresta. E a gente tem detectado aqui já fogo em floresta, o que para nós é muito sério. Não é só fogo em área recém desmatada”, afirmou o presidente do Ibama.
Foto: Mauro Neto/Secom