Da Redação |
Com o aval do governador Wilson Lima (UB), o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) vai ignorar a orientação do Ministério dos Povos Originários e da Fundação Nacional do Índio (Funai) para suspender o processo de licenciamento para permitir a exploração de potássio pela empresa Potássio do Brasil na região do município de Autazes, a 113 quilômetros de Manaus.
A informação foi divulgada na noite de quinta-feira (24). Mais cedo, Wilson havia criticado a medida na sua conta no Twitter.
A mensagem foi apagada da conta do governador.
Uma nova manifestação atribuída a Wilson foi enviada à imprensa por meio de um release, desta vez falando de orientação, e não decisão.
“A decisão de orientar a suspensão do processo de licenciamento para exploração do potássio em Autazes é um erro. O mundo precisa entender que a gente só protege verdadeiramente a floresta quando geramos oportunidade de emprego e renda para as pessoas que vivem na Amazônia. São elas que mantêm a floresta em pé”.
Segundo o governo, o Ipaam aguarda a conclusão de um estudo conduzido pela Funai) para a emissão de licença. No entanto, não interromperá o processo de análise dos documentos, como solicitou a fundação e o ministério, no último dia 9 de agosto.
“O Ipaam segue trabalhando na análise necessária para a emissão da licença de exploração, conforme assegura decisão em segundo grau do TRF1, em Brasília, e aguarda, a conclusão do estudo de impacto ambiental que a Funai realiza. Quanto a suspensão do processo de licenciamento, conforme solicitado pela Funai, até que os estudos técnicos sobre a Terra Indígena Lago do Soares e Urucurituba, que tem prazo de 180 dias para ser concluído, o Ipaam entende não haver necessidade de seguir tal orientação, uma vez que o trabalho de licenciamento não vai atrapalhar a análise que está sendo feita pelo órgão federal”, informou o governo.
De acordo com o Governo do Amazonas, com a exploração do potássio, o estado deve se beneficiar com o aumento das receitas fiscais, recebendo mais recursos que podem ser investidos nas políticas públicas, como na construção de escolas, melhorias na qualidade da água, melhorias em estradas e serviços de saúde.
“Sozinho, o depósito de Autazes é capaz de suprir, nos próximos 30 anos, de 20% a 30% do potássio que o Brasil necessita anualmente”, informou o governo.