MANAUS – Segundo o jornal Folha de São Paulo, o delegado federal alvo da operação da Polícia Federal em Manaus, que ocorre na manhã desta sexta-feira (15) é o deputado federal Delegado Pablo, do PSL.
Segundo o jornal, o parlamentar bolsonarista é acusado de se beneficiar de informações da Polícia Federal para viabilizar negócios da família.
O ESTADO POLÍTICO apurou que a Polícia Federal esteve na manhã desta sexta-feira no condomínio Vila Rica, na avenida Efigênio Sales. O local é endereço da mãe de Pablo, Eda Maria Oliva Souza.
Até o início deste mês, Eda presidia o Idam, órgão que executa a política agrícola do Estado do Amazonas. Foi demitida no dia 8 de maio.
De acordo com a Polícia Federal, a Operação Seronato inaugura a fase ostensiva de dois Inquéritos Policiais instaurados em janeiro e maio de 2019, respectivamente, para investigar as possíveis práticas de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Em nota sobre a operação, a polícia não divulga o nome do servidor envolvido. Diz apenas que as provas da materialidade delitiva e indícios de autoria, colhidos ao longo do primeiro Inquérito Policial, indicam que o servidor da Policial Federal teria se prevalecido do cargo ao fazer mau uso das informações obtidas durante a investigação que culminou com a Operação Udyat, deflagrada no ano de 2012, para viabilizar, de forma indevida, o agenciamento da venda de uma empresa pertencente a pessoa de sua família, pelo valor de R$ 500 mil.
Segundo a Folha, a pessoa da família de Pablo seria a mãe dele. Leia a matéria completa aqui.
Por meio da segunda investigação criminal, a Polícia Federal pretende esclarecer sobre as possíveis ocorrências de crimes de falsidade, favorecimento em razão do cargo e lavagem de dinheiro, em relação a fatos que envolvem a subcontratação, realizada por um consórcio de empresas que atuou na construção do Aeroporto Internacional de Manaus/AM, para que a empresa registrada, em nome do familiar do servidor da Polícia Federal, executasse o paisagismo do aeroporto, pelo valor de R$ 1.2 milhão de reais.
O nome da operação é uma alusão às suspeitas de que um dos investigados teria se prevalecido do cargo policial para cometer fatos que tinha por dever reprimir.
A reportagem tenta contato com a assessoria de parlamentar. A matéria será atualizada assim que o site conseguir contato com o gabinete do político.
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