Da Redação |
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina Rodrigues, disse na quinta-feira (1º), em coletiva, que ao contrário do que declarou o governador Wilson Lima (União Brasil), o Sinteam não recusou a proposta de 15,19% de reajuste salarial.
Segundo Ana Cristina, a proposta apresentada na mesa de negociação no dia 31 foi levada às bases para apreciada pela categoria em assembleia, “como vem acontecendo, respeitando os ritos democráticos de decisão da entidade”.
“Na manhã desta quinta-feira (1º), os comandos zonais reuniram-se para começar as discussões das propostas e chegar a reunião geral com parte do debate formado pelas bases. No entanto, a coletiva de última hora convocada pelo governo do Amazonas pegou a todos os trabalhadores de surpresa, atropelando o processo pacífico de diálogo”, informou o Sinteam.
Durante a coletiva, a presidente do sindicato reafirmou que os motivos para que a greve acontecesse foi o não cumprimento da lei por parte do governador.
“O movimento foi pra rua porque estamos há dois anos com os nossos salários achatados e estamos sem nenhum diálogo com o governador que age de forma arbitrária. Então não são os trabalhadores que são intransigentes”, afirmou.
O Sinteam informou tentou abrir negociação sobre o reajuste com o governo no dia 2 de janeiro. “Todas as tentativas não tiveram respostas e o diálogo só veio acontecer efetivamente após o início da greve”, informou o Sinteam.
Ana Cristina ressaltou ainda que nunca um governador aplicou desconto no contracheque dos grevistas para intimidar os profissionais.
“É a primeira vez que, em fase de recurso, o nosso empregador desconta em folha o salário como forma de pressionar os trabalhadores e assediar moralmente aqueles que participam da greve”, declarou.
O Sinteam decide em assembleia nesta sexta-feira (2) se aceita a proposta de 15,19%.