MANAUS – A diretora-presidente da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde), Rosemary Costa Pinto, afirmou que apesar de uma redução no número de internações e de óbitos pela Covid-19 no Amazonas, o estado pode enfrentar um segundo pico da doença caso as medidas de isolamento social não sejam respeitadas pela população.
“O perigo não passou e nós ainda temos muitos casos. Estima-se pelo menos 60 mil casos não identificados pelo serviço de saúde e essas pessoas certamente estão transmitindo o vírus onde quer que elas estejam, portanto nós dizermos que o risco passou, que o vírus passou, é muito prematuro, nós podemos, inclusive, ter um segundo pico, que pode ser tão preocupante quanto o das últimas semanas. Tudo vai depender do isolamento social e do uso de máscaras”, disse Rosemary.
A declaração foi dada durante coletiva online transmitida pelas redes sociais do governo estadual.
Segundo Rosemary, a média de adesão ao isolamento social em Manaus é de 40%, quando o ideal é que fosse 70%.
“Em Manaus nós temos nos últimos dias uma redução no número de internações, uma redução no número de óbitos ou de sepultamentos, uma leve redução no número de casos, não temos ainda como afirmar que essa tendência é real e que o perigo passou. O perigo não passou e nós ainda temos muitos casos”, observou a diretora da FVS.
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou na mesma coletiva online a prorrogação das medidas de isolamento social no Amazonas até o dia 31 de maio.
Casos de Covid-19
O Amazonas registrou 1.249 novos casos, nesta terça-feira (12), totalizando 14.168 casos confirmados do novo coronavírus no estado, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).
Nesta edição do boletim, foram confirmados mais 63 óbitos pela doença, elevando para 1.098 o total de mortes, sendo 42 óbitos nas últimas 24 horas.
O boletim aponta que 5.886 pessoas com diagnóstico de Covid-19 estão em isolamento social ou domiciliar. Outras 6.782 pessoas já passaram pelo período de quarentena (14 dias) e se recuperaram da doença.