Morreu, aos 75 anos, a maior estrela do rock brasileiro, Rita Lee, nessa segunda-feira (8), em casa, em São Paulo. Ela deixa o marido, Roberto de Carvalho, com quem teve três filhos: João, Antônio e Beto Lee. A informação foi confirmada pela família em uma nota oficial publicada no Instagram.
“Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, cercada de todo o amor de sua família como sempre desejou. O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira, dia 10, das 10h às 17h. De acordo com a vontade de Rita, seu corpo será cremado. A cerimônia será particular. Nesse momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos”, diz o anúncio.
O título de rainha ela rejeitava, por achar cafona, mas os fãs insistem em usar devido à falta de adjetivo ou de palavra que possa resumir sua potência e lendária contribuição para a música nacional e internacional.
Como um dos pilares da música brasileira, Rita Lee foi uma musicista completa: além de cantora, era compositora, multi-instrumentista, atriz, escritora e ativista; e ainda poliglota – fluente em português, inglês, francês, castelhano e italiano.
Ganhou mais de 20 prêmios ao longo da carreira, incluindo dois Grammys (ao qual foi indicada por sete vezes): em 2001, venceu com o Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa, por “3001”; e, em 2022, pelo conjunto da obra, levou o Prêmio Excelência Musical da Academia Latina de Gravação.
Além de vários álbuns com Os Mutantes, banda que a consagrou, Rita Lee lançou 18 álbuns de estúdio solo e em parceria com Roberto, e seis ao vivo. Participou como atriz de novelas famosas como Top Model e Vamp, e em cerca de 10 filmes. Rita também revolucionou a cena feminina na música ao ser uma das poucas mulheres de sua época a tocar guitarra.
Ela é dona de vários sucessos que foram verdadeiras trilhas sonoras por décadas dos brasileiros, como “Ovelha Negra”, “Doce Vampiro”, “Mania de Você”, Amor e Sexo”, “Erva Venenosa (Poison Ivy)”, “Pagu”, “O Amor em Pedaços”, “Agora só falta você”, “Minha Vida (In my life)”, “Jardins da Babilônia”, entre muitos outros hits históricos. Vários álbuns também foram lançados em seu tributo, como Baby, Baby, de Lulu Santos (em 2017); e o musical Rita Lee Mora ao Lado, estrelado por Mel Lisboa (2014), celebrou sua trajetória.