MANAUS – O deputado estadual Sinésio Campos (PT) voltou atrás do voto favorável que deu para transformar, por meio de lei, as igrejas como serviços essenciais durante períodos de calamidade pública no Amazonas, o que na prática garante o funcionamento dos templos na pandemia, ainda que com certas limitações. O projeto de lei foi aprovado na última quarta-feira (6) e ainda não foi sancionado pelo governador Wilson Lima (PSC).
O recuo foi anunciado pelo parlamentar na sessão virtual da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) desta terça-feira (12). Sinésio apresentou requerimento à Mesa Diretora para que seja deliberada a revisão de voto sobre o PL 136/2020, de autoria do deputado João Luiz (Republicanos).
Para Sinésio, após reanálise, o projeto é inoportuno e inadequado para a realidade atual da pandemia de Covid-19 no Amazonas. A solicitação para revisão de voto pondera que o projeto contraria os ditames legais e constitucionais, bem como as orientações e estratégias da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e do Governo do Estado para o combate à pandemia.
“Só muda de opinião quem tem (opinião). Então, estou vindo de forma humilde, de forma solidária às vítimas do Covid para que os governos possam também apoiar o isolamentos social, da mesma forma que a Assembleia Legislativa tá fazendo as sessões virtuais… Então, estou pedindo que vossa excelência coloque em votação esse meu requerimento, colocando meu voto contrário ao projeto de lei da questão das igrejas, mesmo sabendo o papel extremamente importante (das igrejas)”, disse Sinésio ao presidente da Casa, deputado Josué Neto (PRTB).