Da Redação |
Construído ao custo de R$ 47 milhões, na gestão de Arthur Neto (sem partido), o complexo viário Professora Isabel Victoria, conhecido por “Viaduto do Manoa”, na avenida Max Teixeira, zona Norte de Manaus, foi interdidato novamente, nesta quinta-feira (9), para passar por obras de “tapa buraco”.
Segundo nota da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), desta vez, a faixa no sentido Centro-bairro ficará interditada “para serviços de recapeamento em concreto que foi danificado”.
“É como se fosse uma espécie de tapa-buracos em concreto. As equipes de engenharia da empresa responsável pela obra irão abrir os quadrados nesse pavimento e encher com um concreto usinado 50 MPA, que é de alta resistência, para evitar que a estrutura seja novamente comprometida”, afirmou o subsecretário de Obras Públicas da Seminf, engenheiro Madson Rodrigues.
De acordo com a Seminf, será retirada toda a parte danificada no trecho, para ser preenchida com o novo concreto. Assim que finalizada essa etapa, será aguardado tempo de cura (secagem) do concreto, para garantir a resistência da base. A previsão é que, se não houver chuva nesta quinta, os serviços de concretagem sejam finalizados e o tempo de cura do concreto dure em torno de cinco dias. Assim, o viaduto será liberado para o trânsito na próxima terça-feira (14).
Segundo a Prefeitura de Manaus, o trabalho será feito pelas empresas responsáveis pela construção e adequação da estrutura. Isso porque o serviço consta no prazo de garantia da obra.
Laudo
Em 2021, um laudo elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM) apontou uma série de falhas de infraestrutura na obra.
O estudo técnico, elaborado pelo Grupo de Trabalho de Obras Públicas da entidade, foi entregue ao vice-prefeito de Manaus e então secretário municipal de Infraestrutura, Marcos Rotta (PP).
A obra foi inaugurada às pressas, no último dia da gestão do prefeito Arthur Neto (PSDB), no dia 31 de dezembro de 2020. No dia seguinte, o viaduto foi interditado pela prefeitura, diante das falhas apontadas na construção.
Em fevereiro deste ano, o viaduto também foi interdidato para obras de “tapa buraco”.
Apesar do histórico, a Seminf ressalta que o complexo viário Professora Isabel Victoria não apresenta nenhum tipo de risco aos veículos que nele trafegam, já que o desgaste ocorre apenas em uma parte do pavimento.