MANAUS – A nova mesa diretora da Associação Amazonense dos Municípios (AAM) tomou posse, na segunda-feira (2), estabelecendo o desenvolvimento econômico, a geração de emprego e renda e melhorias na área social como metas prioritárias para o próximo biênio. Presidente do órgão, o prefeito Anderson Sousa, de Rio Preto da Eva, afirmou que vai lutar pela industrialização das cidades com a expansão da Zona Franca para o interior do estado. Atualmente, há empresas instaladas em apenas dez cidades.
A solenidade de posse da nova mesa diretora foi prestigiada por diversas autoridades e ocorreu no auditório do Sesi, em Manaus. Com Anderson Sousa na presidência, a nova mesa diretora da AAM tem o prefeito de Novo Airão, Roberto Frederico, na vice-presidência. Como 1º e 2º secretários, os prefeitos Anderson Adriano, de Autazes, e Junior Leite, de Maués. Além deles, o prefeito José Claudenor, de Urucurituba, e José Maria, do Juruá, como como 1º e 2º tesoureiro, respectivamente.
Anderson Sousa destacou que, apesar de estar previsto nas diretrizes do modelo econômico incentivado, a implantação de indústrias fora de Manaus avançou pouco. “Precisamos interiorizar, não dá para ficar apenas no discurso. Vemos grandes empresas desenvolverem novas tecnologias, mas onde está essa tecnologia no interior? Onde está a pesquisa no Cacau? Onde foram fazer a pesquisa da laranja no Rio Preto? Onde foram fazer pesquisa do peixe liso na área do Solimões? Não existe Zona Franca para o interior”, disse.
Nos últimos quatro anos, foram aprovados 25 projetos industriais em dez cidades amazonenses, o que representou investimentos da ordem de R$ 183 milhões e a geração de cerca de mil postos de trabalho, conforme dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
De acordo com o levantamento, as empresas aproveitam potencialidades locais, como produtoras de hambúrguer de peixe, picadinho de peixe, desidratação da castanha do Brasil, sorbet de açaí, entre outros. As novas fábricas estão instaladas em Anamã, Humaitá, Iranduba, Lábrea, Manacapuru, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Tapauá e Tefé.
“Quando a Zona Franca foi criada, ela foi criada com três propósitos. Primeiro, a indústria. Segundo, o comércio. A Zona Franca era aquele grande comércio no Centro de Manaus, onde as pessoas vinham de todos os lugares do Brasil comprar. Isso não vemos mais acontecer. E ela tinha outra finalidade, uma das mais importantes, que era justamente um distrito Agropecuário. O investimento no interior do Amazonas, quando você viu isso acontecer? Onde está a Suframa investindo no interior? Consertando uma estrada?”, ponderou Sousa.
Outro desafio da AAM é ampliar a captação de verbas federais para investimentos. O diagnóstico da nova mesa diretora é de que as prefeituras podem impulsionar projetos em áreas fundamentais, como o social, tendo maior preparo técnico na relação com o Governo Federal.
“Precisamos ter uma equipe técnica capacitada. Iremos investir e fazer todos os esforços para que os municípios tenham orientação, ajudando seu corpo técnico”, disse.
Vitrine das discussões sobre preservação ambiental no mundo, o Amazonas consegue capitalizar pouco com isso, e os municípios menos ainda, avalia.
“Manaus também sofre com isso, mas nós precisamos fazer nossos projetos, ir em busca de recursos, seja ele nacional, internacional, seja de fonte for. Temos que encontrar meios de fazer caravanas de prefeitos e irmos para fora do país participar de congressos e levantar nossas bandeiras para poder reivindicar nossos direitos”.