MANAUS – O Governo de Pernambuco suspendeu o uso da “Cápsula Vanessa” no tratamento de pacientes com o novo coronavírus em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Estado.
A suspensão, segundo o Jornal do Comércio de Pernambuco, ocorreu depois de denúncia de que um fisioterapeuta da Samel, por conta do uso do equipamento, vinha impedindo que pacientes fossem transferidos para Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A “Cápsula Vanessa” é uma estrutura desenvolvida pela empresa Samel e o Instituto Transire, do Amazonas. O invento é apresentado como uma alternativa de Ventilação Não Invasiva (VNI) no cuidado de pacientes com Covid-19.
Segundo o Jornal do Comércio de Pernambuco, a cápsula vinha sendo utilizada de forma experimental na UPA Imbiribeira, em Recife.
De acordo com o veículo, uma servidora da unidade, que não foi identificada, denunciou que um fisioterapeuta da Samel, que realizava o treinamento da equipe para uso da “Cápsula Vanessa”, passou a desautorizar as transferências de pacientes para UTIs indicadas por médicos.
Segundo o jornal, após a interferência do Sindicado dos Médicos, do Conselho Regional de Medicina, do Ministério Público e da Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco, o uso da cápsula foi suspenso.
De acordo com o Jornal do Comércio de Pernambuco, a secretaria informou que o uso experimental da cápsula foi um iniciativa da OS que administra a UPA. E que em comum acordo entre a direção da unidade, ficou definido que o equipamento não será mais usado em pacientes com o novo coronavírus.
O equipamento é usado no hospital de campanha de Manaus que é administrado pela prefeitura da capital do Amazonas e a Samel.
Veja como a Samel descreve o uso da cápsula aqui.
Lei a íntegra da matéria do Jornal do Comércio de Pernambuco aqui.
A assessoria da Samel informou que a empresa desconhece o episódio.
O Grupo Samel informa que não tem conhecimento deste fato, e ressalta que todos os profissionais atuantes em seus hospitais são capacitados e foram devidamente treinados para manuseio da cápsula Vanessa em pacientes em tratamento de Covid-19.
A Samel ressalta, ainda, que em nenhum momento afirmou que a cápsula Vanessa substitui a intubação orotraqueal, e que o método apenas age de forma preventiva para que o paciente não seja intubado precocemente.
Foto: Reprodução/Prefeitura de Manaus