Da Redação |
O PIB (Produto Interno Bruto) do Amazonas caiu em 2020, ano inicial da pandemia de Covid-19. indicam dados divulgados nesta quarta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o IBGE, a variação em volume do PIB do Amazonas, entre 2019 e 2020, foi de -1,7%.
O Estado do Amazonas apresentou PIB de R$ 116,0 bilhões e sua participação na economia nacional foi de 1,5% em 2020; a mesma observada em 2019.
Com o resultado, o Amazonas perdeu uma posição (para o Mato Grosso do Sul), voltando a ocupar a 16º colocação no ranking das 27 Unidades da Federação, assim como em 2018, em termos de valor do PIB, depois de ocupar a 15º posição em 2019.
Para o IBGE, o setor de serviços foi o principal responsável pela queda no PIB do Amazonas em 2020, que no período apresentou um recuo de -3,7%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços somados aos impostos do Estado.
Cenário nacional
O PIB caiu em 24 das 27 unidades da federação em 2020.
Somente dois estados registraram variações positivas no mesmo período: Mato Grosso do Sul (0,2%) e Roraima (0,1%).
Mato Grosso (0%) foi o único a mostrar estabilidade.
Nos três estados (Mato Grosso, Roraima e Mato Grosso) houve influência da produção agropecuária nesses três locais, apontou o IBGE.
Opesar da queda, o Amazonas ficou entre os 4 estados que apresentaram menor recuo do PIB.
Variação do PIB em 2020, em %
Resultados por atividades no AM
A Agropecuária amazonense apresentou variação em volume -0,2% em 2020 e seu valor adicionado bruto foi estimado em R$ 5,1 bilhões, o que representou 5,3% da economia do estado (5,5% em 2019). Todas as três atividades agropecuárias tiveram variação em volume negativa, mas muito próximas à estabilidade, a começar por Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita, cuja variação foi de -0,2%, em que se destacaram as reduções em volume nas produções de laranja e maracujá. Em Pecuária, inclusive apoio à pecuária, a variação foi de -0,7% e em Produção florestal, pesca e aquicultura, de -0,1%.
A Indústria do Amazonas, que possui destaque na economia amazonense, registrou, em 2020, valor adicionado bruto de R$ 35,8 bilhões e ganhou participação, já que seu valor foi equivalente a 37,3% da economia do estado ( 36,4% em 2019). Em termos de volume, a variação foi de 0,7%, em que pesou o crescimento de Indústrias de transformação, principal atividade industrial do Amazonas, cuja variação foi de 1,6%. Entre as demais atividades que compõem este grupo, Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, variou 1,3%, Construção e Indústrias extrativas tiveram, ambas, variações negativas, de -4,6% e ,4,7%, respectivamente.
Os Serviços representam a maior parcela da economia do Amazonas, com participação de 57,3% em 2020 (58,2% em 2019) e foi o grupo que mais contribuiu para a redução do PIB do estado, já que registrou queda em volume de 3,7%. Entre as atividades que mais influenciaram a redução em volume do Serviços, estiveram Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, Alojamento e alimentação e Transporte, armazenagem e correio, com variações de -6,7%, -26,0% e -16,9%; respectivamente. Ressalta-se que, em Transporte, armazenamento e correio, a queda vinculou-se principalmente à redução do transporte rodoviário de passageiros, enquanto o transporte rodoviário de carga teve aumento. Apesar da retração em volume verificada em Serviços, algumas medidas de estímulo econômico para reduzir os impactos da pandemia da COVID-19 sobre a atividade economia e o consumo, resultaram em crescimento em volume de algumas atividades no Estado do Amazonas, como Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, que teve variação positiva e igual a 5,4%.
Entre 2010 e 2020, a atividade de Serviços ganhou participação no valor adicionado bruto do Estado, partindo de 52,9% de participação em 2010, para 57,3%, em 2020. A Agropecuária, por sua vez, apesar de ter ganhado participação nesse período (de 4,4% para 5,3%), vem apresentando queda no valor adicionado desde 2016, quando caiu em relação a 2015, ano de maior participação da atividade (8,0%). A indústria perdeu participação no valor adicionado bruto, entre 2010 e 2020, partindo de 42,7% para 37,3%, observa-se que, entre 2018 a 2020, vem apresentando recuperação.