MANAUS – Vídeos que circulam na internet mostram supostos reféns da rebelião na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na Zona Leste de Manaus, pedindo, em nome dos detentos, a presença do juiz Luís Carlos Valois (Vara de Execuções Penais), do advogado Epitácio Almeida (membro da Comissão dos Direitos Humanos da OAB-AM) e do coronel Amadeu Soares (ex-comandante do Ronda no Bairro) no local, além da cobertura da imprensa.
Os reféns seriam agentes de socialização. Em um dos vídeos eles aparecem vestidos com camisas da empresa Umanizzare, co-responsável pela gestão de presídios do Amazonas.
Nos vídeos, os supostos reféns dizem que estão bem, que não foram agredidos e que os detentos só querem melhoria das condições no presídios.
“Pessoal da secretaria, pelo amor de Deus, atende o pedido deles. Até o prezado (SIC) momento, como vocês viram no vídeo anterior, ninguém está ferido. Tá todo mundo tranquilo. Eles só querem a presença do seu Valois . Liberem a entrada do seu Valois, pelo amor de Deus, gente. Os caras vão ficar estressados aqui. Tem pai de família aqui”, implora o suposto agente em um dos registros (veja no fim desta matéria).
Em outro vídeo, feito de cima da muralha da UPP, é possível ver chamas, possivelmente de colchões incendiados.
Do lado de fora há relatos de que familiares estão aglomerados e desesperados aguardando o desenrolar da situação.
A rebelião teve início na manhã deste sábado (7). Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que sete agentes foram feitos reféns e que as negociações para o fim da rebelião já foram iniciadas.
Um helicóptero da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) sobrevoa o espaço aéreo da região para monitorar a situação.
Conforme a Seap, a rebelião teve início durante a entrega do café da manhã, quando internos serraram a grade de duas celas e fizeram os agentes de socialização de reféns.