MANAUS – Pela primeira vez, o boletim de “Situação Epidemiológica de COVID-19 e da Síndrome Respiratória Aguda Grave no Estado do Amazonas” traz dados sobre as características étnicas dos pacientes que desenvolveram casos graves da doença.
A quinta edição do boletim, publicado no sábado (25) com informações atualizadas pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) até quinta-feira (23), registra que mais de 80% dos pacientes graves se declaram pertencentes ao grupo pardo.
Os pardos representam 86,2% dos 460 casos graves e 89,8% dos óbitos.
Os casos graves e óbitos por Covid-19 em indígenas correspondem a 2,4% e 1,5% do total, respectivamente. Os indígenas são considerados mais vulneráveis por terem imunidade mais baixa.
O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a população do Amazonas em 2010 era composta por 66,9% de pardos ou mestiços, 24,2% de brancos, 4% de indígenas, 3,1% de negros e 0,3% de amarelos. Contudo, os percentuais tiveram variação nos últimos anos, mas ainda assim permanecem próximos da última pesquisa ampla. Um novo Censo estava marcado para este ano, mas foi adiado por causa da pandemia.
Atualização
Até quinta-feira, havia 2.888 casos confirmados e 214 óbitos no Amazonas.
No sábado, a FVS-AM atualizou os números. O órgão contabiliza 3.635 casos confirmados da doença no Estado. sendo 2.678 em Manaus. O total de óbitos foi a 287, dos quais 233 são de Manaus.