Da Redação |
Durante votação de lei que coloca em risco o emprego de cobradores de ônibus, na segunda-feira (6), o vereador Jaildo Oliveira (PCdoB) disse que há limites para apoiar o prefeito David Almeida (Avante).
“A minha preocupação é com esses 3 mil pais de família. Eles vão ser afetados? Ou não vão ser afetados? Minha preocupação é essa. Votar um projeto aqui que vai afetar esses 3 mil pais de família é muito preocupante […. Se esse projeto for aprovado dessa forma fica difícil para mim, porque estou indo contra minha própria categoria, e eu não posso ir contra o meu povo. Sinto muito, sou da base, estou na base, mas, para ficar na base tem limite. Não posso, de forma alguma, fechar os olhos e votar contra (a favor) do fim dos cobradores”, disse Jaildo.
Na sessão desta terça-feira (7), na tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador disse que tratou por telefone com o prefeito sobre o assunto.
Segundo ele, David prometeu rever a lei.
A pedido da Prefeitura de Manaus, a CMM alterou a lei que trata do transporte público de passageiros para inserir a possibilidade de motorista de ônibus atuar como cobrador.
A Lei n. 1.779/2013, no primeiro parágrafo do artigo 8 diz:
“§ 1º O pagamento da tarifa será feito pelo passageiro ao cobrador devidamente identificado”.
Já a nova redação aprovada nesta segunda-feira (6), por 20 votos a 11, traz a seguinte redação ao parágrafo primeiro do artigo 8º:
“§ 1.º O pagamento da tarifa será feito pelo passageiro ao cobrador ou ao motorista devidamente identificado”.
O Projeto de Lei n. 150/2022, de autoria da Prefeitura de Manaus, que traz a mudança e foi aprovado, tinha como principal objetivo integrar os transportes Executivo e Alternativo ao sistema convencional.
No entanto, alguns pontos da Lei n. 1.779/2013 foram alterados, o que chamou atenção de parte dos vereadores.
Um deles foi a retirada do limite de vida útil dos ônibus de no máximo 10 anos.
O outro foi a possibilidade de motoristas realizarem a função de cobrador.