Da Redação |
O ex-secretário de Saúde do Amazonas, Rodrigo Tobias, listou entre suas testemunhas na Ação Penal nº 993, no Superior Tribunal de Justiça (STF), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
O processo é relacionado aos supostos crimes praticados na compra superfaturada de ventiladores pulmonares (respiradores) destinados ao tratamento de vítimas da Covid-19 no Estado do Amazonas, em 2020.
Na época da compra – abril de 2020, Mandetta era ministro da saúde do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Na ocasião, Tobias e Mandetta tomaram ações em conjunto de enfrentamento da pandemia em Manaus, quando a rede de saúde local começou apresentar sinais de estrangulamento. Uma delas foi o envio de respiradores para o Amazonas.
Mas nesse caso, os aparelhos não foram comprados, mas sim emprestados por outros hospitais do país para Manaus à pedido do então ministro.
Mandetta critica troca de secretário da Saúde no Amazonas (estadopolitico.com.br)
No dia 8 de abril de 2020, Tobias foi demitido. Em coletiva em Brasília, no mesmo dia, Mandetta criticou a demissão do então secretário de Saúde do Amazonas.
“Manaus nos preocupa muito. Hoje houve troca de secretário de Saúde lá em Manaus, é algo que a gente não quer entrar no detalhe, mas precisamos que tenham pessoas que já estejam habituadas à rede, para que a gente não tenha que começar tudo do zero”, disse Mandetta.
Tobias foi substituído por Simone Papaiz, ex-secretária de Saúde do município de Bertioga, no interior de São Paulo.
Réus do caso dos respiradores no Amazonas indicam 112 testemunhas ao STJ (estadopolitico.com.br)
Os réus da Ação Penal nº 993 apresentaram 112 testemunhas para serem ouvidas no processo que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os nomes e as datas dos depoimentos das testemunhas foram divulgados na quinta-feira (19), em decisão do relator do caso, o ministro Francisco Falcão.
A ação tramita no STJ porque um dos réus é o governador Wilson Lima (União Brasil). Chefe de executivo estadual só pode ser julgado neste tribunal em casos de crime comum.
De acordo com a decisão, os depoimentos das testemunhas serão realizados de forma presencial e por videoconferência, dependendo do caso. As audiências serão realizadas entre os dia 28 de junho e 1º de julho, na sede da Justiça Federal em Manaus (AM).