A economia brasileira tem um dos melhores desempenhos no cenário pós-pandemia, disse na sexta-feira, 22, em Porto Seguro (BA), o presidente Jair Bolsonaro. Em evento para comemorar os 522 anos do descobrimento do Brasil, ele declarou que o país resiste às dificuldades externas, provocadas pela pandemia de covid-19 e pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
“Vocês sabem o que está acontecendo no mundo, por questões até mesmo externas à nossa vontade, com uma guerra a 10 mil quilômetros de distância, mas as consequências vêm para a nossa pátria. O país, não só na pandemia, mas como nesse período de problemas externos, na economia é um dos que melhor se sai no mundo todo. Vamos vencendo obstáculos. Vamos mostrando, cada vez mais, o que o Brasil pode ser”, discursou o presidente.
Em seu discurso, Bolsonaro, que coleciona declarações racistas, homofóbicas e sexistas, disse que “não há divisão” entre a população e que “temos o mesmo objetivo. “Não há diferença nenhuma de mim para qualquer um de vocês. Temos realmente o mesmo objetivo, o mesmo sangue, a mesma raça, a mesma nacionalidade. E queremos, cada vez mais, unir os nossos povos. Não queremos pregar a divisão entre nós, entre cor de pele, opções, regiões, entre o que quer que seja”, acrescentou.
Economia é lastimável e medíocre
Em entrevista à ISTOÉ DINHEIRO, o ex-ministro da Fazenda e economista, Antônio Delfim Netto, 93 anos, afirmou que o Brasil vive um cenário inédito sob o governo de Bolsonaro: o derretimento dos pilares econômicos construídos desde o Plano Real. Na entrevista, um dos principais nomes da Economia no país criticou o fiasco de Bolsonaro e Paulo Guedes na condução do Brasil.