Da Redação |
A juíza Andrea Jane Silva de Medeiros, da 9.ª Vara Criminal da Comarca de Manaus, negou no último dia 18 de abril um pedido de prisão domiciliar da defesa de Lucas Lima.
Lucas está preso sob a acusação de participar de um assalto a ônibus que resultou na morte do jovem indígena Melquisedeque Santos, em dezembro de 2021.
A defesa de Lucas requereu o benefício sob o argumento de que um dos três filhos do suspeito sofreu acidente doméstico, estando internado por conta de queimaduras.
A promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) se manifestou pela manutenção da prisão preventiva.
Na decisão, a juíza ressalta que apesar de Lucas não ter sido o autor do disparo que matou Melquisedeque, o acusado se associou a quem o fez, “demonstrando destemor e periculosidade acima da média”.
“Embora não tenha sido o requerente quem disparou contra a vítima fatal, está claro que ele consorciou-se com pessoas armadas e assumiu o risco do resultado mais gravoso, demonstrando destemor e periculosidade acima da média, estando evidenciado que a prisão se recomenda no caso para garantia da ordem pública, como já anotado em decisões anteriores. Por fim, à luz da certidão de nascimento trazida pela Defesa e dos informes de que seu outro filho acidentou-se, faz-se importante lembrar que o simples fato de ter se tornado pai em recente data não o credencia, automaticamente, para a prisão domiciliar, não estando comprovado nos autos que ele é o único esteio da criança”, escreveu a magistrada em sua decisão.
Andrea Jane Silva de Medeiros também destacou que os documentos juntados pela polícia quando da representação pela prisão preventiva, “mostram outros envolvimentos em figuras graves, denotando que nem a paternidade da qual pretende se socorrer no momento para se ver livre, foi capaz de afastá-lo da seara delitiva”.