MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmou que o governo estadual estuda a possibilidade de realizar o Carnaval em abril. A medida segue o modelo adotado por outros estados brasileiros, como o Rio de Janeiro e São Paulo. O anúncio foi feito na abertura da campanha de vacinação “Pra Sambar Tem que Vacinar”, que ocorreu na manhã deste sábado, 5, onde quadras de 8 escolas de samba serão utilizadas para vacinação contra Covid-19, em Manaus.
“O Carnaval é importante para a nossa história, ajuda a manter viva as tradições e tem uma outra função que é importante, fundamental, que é a geração de emprego e renda. Muitas pessoas sobrevivem do Carnaval. Tem sido um desafio muito grande para o poder público encontrar caminhos para manter essas tradições vivas e as famílias trabalhando. Quantos mais a gente vacinar, logo logo a gente vai ter samba, a gente vai ter Carnaval”, disse o governador.
Wilson destacou a importância do Carnaval para o sustento das famílias que dependem economicamente dessa atividade cultural. A medida que a cobertura vacinal avança aumentam as expectativas para o controle do número de casos e internações,
Wilson Lima agradeceu aos presidentes das oito escolas de samba que aceitaram a proposta de abrir as quadras para a vacinação, da 9h às 16h neste sábado. Ele garantiu recursos para as agremiações realizarem uma live – com data ainda a ser definida – para fomentar o Carnaval.
O visitou as quadras das escolas Grande Famílias, na zona leste, e Reino Unido, na zona sul. A campanha é uma parceria do Governo do Amazonas com a Prefeitura de Manaus, para incentivar a imunização em todas as zonas da capital.
‘Ideia brilhante’, diz titular da SES-AM sobre vacinação em escolas de samba
O objetivo da ação é descentralizar os postos de vacinação e chegar mais perto das comunidades, para que a população possa completar o esquema vacinal. A estimativa é que 5 mil pessoas compareçam aos locais de vacinação no sábado. São oferecidas 1ª e 2ª doses para pessoas a partir de 12 anos, além da dose de reforço.
“É uma ideia brilhante do governador fazer essa parceria com as escolas de samba que cederam os espaços. Veja o tamanho disso daqui, então estamos chamando a população para que venham completar seu esquema vacinal. A maioria dos pacientes internados em leitos clínicos e principalmente em leitos de UTI, correndo risco de chegar a óbito, são justamente os pacientes que têm esquema vacinal incompleto e que têm comorbidade”, disse o secretário de Estado da Saúde, Anoar Samad.
Postos
Além das quadras da Grande Família e Reino Unido, foram montados postos de vacinação nas agremiações: Unidos do Alvorada, Vila da Barra, Mocidade Independente de Aparecida, Vitória Régia, Andanças de Ciganos e Sem Compromisso.
As escolas também organizaram pequenas apresentações dos itens de cada agremiação, como bateria, passistas e mestre-sala e porta-bandeira.
Por meio dos restaurantes populares Prato Cheio, gerenciados pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), quem comparece nas quadras se vacina e recebe marmitas com feijoada. Não é possível consumir a refeição nas quadras para não provocar aglomerações. Foram preparadas 5 mil refeições.
Parceria
A cessão das quadras é uma contrapartida das escolas de samba para a realização da live do Carnaval 2022, evento que está sendo operacionalizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
O secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo, disse que a pasta está cuidando da operacionalização da live e estudando a possibilidade do Carnaval em abril, o que vai depender dos indicadores epidemiológicos. “A orientação do governador Wilson Lima é que nós prestemos toda a assistência para todos os profissionais que dependem dessa atividade para o seu fazer cultural, para a sua sobrevivência”, disse.
Além das secretarias de assistência e cultura, a vacinação nas quadras é realizada pela Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM) e Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), em parceria com a Prefeitura de Manaus, e tem apoio da Comissão Executiva das Escolas de Samba de Manaus (Ceesma) e da União das Escolas de Samba do Amazonas (Uesam).