MANAUS – O governador Wilson Lima cogita tomar medidas mais extremas para conter o avanço do novo coronavírus (SARS-CoV-2) no Amazonas.
Em “live” nas redes sociais na tarde deste domingo de Páscoa, 12, ele declarou que não quer tomar tais medidas, mas não descarta adotar quarentena geral e até “lockdown” (fechamento total, em inglês).
O governador informou que o pico da pandemia, que estava previsto para ocorrer até a primeira quinzena de maio, está sendo antecipado.
Wilson renovou o apelo para que as pessoas fiquem em casa e evitem as aglomerações, que é a única forma de mitigar o avanço da disseminação do vírus causador da Covid-19 e assegurar que haja leitos para todos que precisem no sistema de saúde. O ESTADO POLÍTICO mostrou, neste sábado (11), que no Amazonas há apenas 50,4% de adesão ao isolamento social.
“A nossa projeção, feita pelos nossos especialistas, é de que o pico da doença seria na primeira quinzena de maio, mas isso está se antecipando e não tem outra explicação. Um dos motivos para que isso esteja aumentando significativamente é o fato de muitas pessoas não estarem respeitando o isolamento social”, disse Wilson.
“A gente está trabalhando aqui para não tomar nenhuma medida drástica. A presença da polícia tem sido uma presença para orientar, de convencimento das pessoas, didática. Já há inclusive a defesa de alguns especialistas de que a gente tem que tomar medidas mais restritivas. Eu não quero tomar essas medidas restritivas, mas vai chegar um momento em que o Estado vai ser obrigado a colocar todo mundo em quarentena. Vai chegar um momento em que o Estado vai ter que baixar um decreto estabelecendo um lockdown, que é quando fecha tudo. Nós não queremos chegar a esse ponto e eu faço aqui um apelo a todos: respeitem o isolamento social”, completou.
O governador ressaltou que “não há outro caminho, não há outro jeito” para o enfrentamento da doença.
“Isso aqui (os casos de Covid-19) vai aumentar de forma exponencial. Vai chegar um momento em que o sistema de saúde do Estado do Amazonas pode sim entrar em um colapso. Nós já temos uma quantidade significativa de pessoas procurando nossas unidades de saúde. Nós temos que fazer o isolamento social porque se isso não acontecer as pessoas vão morrer nas ruas, vão morrer em casa, não vão conseguir ser atendidas nos hospitais e o que eu estou falando não é exagero não. Nova Iorque, que é a capital do mundo, já não tem onde enterrar gente”, declarou, ao reforçar o pedido pelo respeito ao isolamento.
Antes, Wilson recorreu a uma metáfora para facilitar a compreensão da situação. “É a mesma coisa de uma casa em que moram 10 pessoas e na mesma hora todos têm dor de barriga e só tem um banheiro, é isso que está acontecendo ou que vai acontecer (com o sistema de saúde). Não dá para todo mundo usar o banheiro ao mesmo tempo”.
O Amazonas totaliza, até agora, 1.206 casos de Covid-19 e 62 óbitos. Nas últimas 24 horas, o aumento percentual de novos casos foi de 14,8% (156 a mais do que havia até sábado) e de novas mortes, 16,9% (nove a mais).
Confira outros trechos do pronunciamento:
“Pode até ser que você não concorde com as medidas restritivas que são orientadas pela Organização Mundial da Saúde, pode ser que você não concorde com as orientações do Ministério da Saúde, mas não tem outro caminho, não existe outra metodologia adotada em qualquer parte do mundo que seja eficiente no que diz respeito à interrupção da transmissão desse vírus a não ser o isolamento social. É por isso que nós temos batido muito nessa tecla”.
“De acordo com os especialistas, 80% da população vai pegar o coronavírus. O que nós estamos trabalhando é para retardar essa disseminação do vírus para impedir que as pessoas fiquem doentes ao mesmo tempo porque o sistema de saúde, de nenhum lugar do mundo, tem capacidade para atender todo mundo ao mesmo tempo”.
“As pessoas precisam entender, ter consciência disso. Nós estamos lidando com a vida das pessoas. Teremos perdas econômicas? Estamos tendo. Teremos desemprego? Teremos. Mas, aí é preciso a gente começar a avaliar e ver o quê que é mais importante. Nós precisamos salvar as vidas das pessoas. É impressionante e devastador o relato de famílias que estão perdendo os seus entes queridos por conta do coronavírus. Então faça isso por você, faça pela sua família, faça pelo seu pai, pela sua mãe, pelo seu avô, pela sua avó. É importante que cada um faça a sua parte nesse momento”.
Eu vou deixar um recado ao governador,o senhor não precisa substimar o povo Amazonense em achar que somos analfabetos e sem preparos em contar historinha sobre diarréia para tentar no nos colocar dentro do cenário situacional dessa doença pandêmica,quem não ta entendo a situação é o senhor,pois o sr tem dinheiro e todas a mordomias de um governador custeadas pelo impostos pago pelo povo…vms imaginar, se coloque no lugar de um pai de família.
exemplo: o pai a mãe e três filhos troque de lugar com esse pai de família o senhor ficaria caladinho em casa com seus familiares todos fome.
Tenha mais discernimento,Sabedoria e Sapiência,invista nesse momento em politicas sociais…crie um plano emergêncial distribua cestas básicas e busque maneiras de alimentar seu povo afinal foi o senhor que quiz ser governador.
Concluindo o Estado do Amazonas posuem grandes profissionais na área da saúde não tinha necessidade de custear uma pessoa de fora. FIQUE ALERTA…