MANAUS – O pico de casos do novo coronavírus no estado do Amazonas deve ocorrer entre a última quinzena de abril e a primeira quinzena de maio. A informação é da diretora-presidente da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas), Rosemary Costa Pinto.
“Nós estamos esperando um expressivo aumento do número de casos para a última quinzena de abril e a primeira quinzena de maio. A projeção vai depender da quantidade de pessoas que continuam circulando.
Infelizmente nós fomos para o destaque da mídia ontem onde foi publicado que Manaus é a capital com o maior número de não adesão ao isolamento social. Então isso também ajuda a explicar porque nós somos hoje a capital do país com a maior incidência de casos (por 100 mil habitantes)”, disse Rosemary.
O Amazonas superou neste sábado (11) a marca dos 1 mil infectados. De acordo com balanço divulgado nesta tarde, são 1050 casos confirmados, sendo 932 em Manaus e 118 espalhados por 17 municípios do interior.
O número de mortes confirmadas no Estado chegou a 53. Há ainda sete casos em investigação. A taxa de letalidade está em 5%. Em 24 horas, foram 68 novos diagnósticos positivos e três óbitos pela doença registrados.
“O risco de adoecer é muito grande devido à alta transmissibilidade do vírus e principalmente devido à alta mobilidade das pessoas. Nós temos percebido, por exemplo, lojas fechadas no Centro de Manaus e as pessoas andando por andar. Então, enquanto as pessoas continuarem se expondo ao vírus desnecessariamente nós certamente teremos um aumento expressivo do número de casos, um aumento expressivo do número de casos graves e, infelizmente, uma elevada taxa de óbitos”, observou a diretora da FVS.
Adesão ao isolamento social
A startup In Loco criou um Índice de Isolamento Social que permite medir o quanto a população está aderindo às recomendações das autoridades de saúde para permanecer em casa como medida para barrar a disseminação do novo coronavírus.
No monitoramento, o Amazonas aparece como o 7º estado que mais respeita o isolamento, mas apenas com 50,4% de adesão. A empresa ressalta que a amostra monitorada não representa a totalidade da população dos estados.
Segundo a empresa, o monitoramento é possível graças a empresas proprietárias de aplicativos que compartilham com ela as informações de localização das pessoas que têm as ferramentas baixadas em seus celulares.
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