MANAUS – O segundo boletim epidemiológico sobre a Covid-19 no Amazonas revela que há casos registrados da doença em praticamente toda a capital, alcançando 51 bairros. Manaus concentra 205 dos 229 casos registrados no Estado até essa quinta-feira (2).
O levantamento mostra que o bairro Adrianópolis, na Zona Centro-Sul, segue sendo o que tem maior número de notificações até agora, com 22 casos – 12 casos a mais que o registrado na semana passada. Em seguida aparecem a Ponta Negra (16) e o Parque 10 de Novembro (13).
Conforme o 2º boletim “Situação Epidemiológica de COVID-19 e da Síndrome Respiratória Aguda Grave no Estado do Amazonas, 2020”, da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), o maior número de registros ocorreu na semana entre 29 de março e 2 de abril, quando foram notificados 118 casos. Destes, 10,4% (24) dos pacientes possuíam histórico de viagens a outros estados ou internacionais nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas.
Capital com transmissão comunitária
Dos 62 municípios, somente a capital é considerada como tendo transmissão comunitária, condição reconhecida desde o dia 28 de março. A transmissão comunitária ocorre quando não é mais possível identificar a fonte de transmissão de pacientes que contraem a doença, o que indica que o vírus já circula entre a população.
O boletim registra que a incidência de casos confirmados no Estado é 8,7 casos por 100 mil habitantes. Os municípios de Santo Antônio do Içá e Tonantins apresentam a maior taxa, com respectivamente, 18,5 e 16,0 casos por 100 mil habitantes.
O levantamento destaca que 42,4% dos casos confirmados (97) ocorreram em adultos jovens (faixa etária de 20 a 39 anos). Outros 41,4%, 95 dos casos, ocorreram na faixa etária de 40 a 59 anos. Outra consideração importante é que os idosos, faixa etária com maior risco de agravamento, representam até agora 12% dos casos.
Tosse e febre são os principais sintomas
Em relação aos sinais e sintomas, 69,0% dos pacientes com diagnóstico positivo (158) apresentaram alguma manifestação clínica. Os sintomas mais frequentes foram tosse e/ou febre (44,3%), dor de garganta (22,8%) e desconforto respiratório (18,4%).
Dos casos confirmados, 15,3% (35 no total) necessitaram de internação. Dos pacientes internados, 51,4% (18) foram encaminhados para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). E 7,8% (18) dos pacientes diagnosticados necessitaram de UTI.