MANAUS – O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) apresentou aos trabalhadores rodoviários de Manaus uma proposta para enfrentar a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) que envolve a demissão de 1,5 mil trabalhadores do sistema e suspender o contrato de outros 2 mil.
A informação é do presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM), Élcio Campos. O assessor jurídico do Sinetram, Fernando Borges, informou que as empresas ainda estão analisando tomar tais medidas e que não é possível cravar que elas serão adotadas.
Ao ESTADO POLÍTICO, Élcio Campos disse que teve uma reunião com os representantes das empresas na manhã desta sexta-feira (17) e que a proposta será levada à categoria em uma reunião às 16h desta tarde.
“Eles (os empresários) colocaram isso de demitir de uma parte e suspender o contrato de outros por causa do faturamento que caiu, e realmente caiu mesmo”, disse.
O assunto será levado à discussão na diretoria do STTRM. “Na reunião, a gente vai ver qual a posição que a gente vai tomar, apresentando uma contraproposta para eles, para não demitirem ninguém. A gente tem que pensar no momento agora em preservar empregos”, disse, indicando que a categoria está disposta a “flexibilizar” algumas questões trabalhistas. “Se for para manter o emprego do pessoal todinho, a gente vai flexibilizar sim”.
Entre as possibilidades para assegurar os empregos do sistema de transporte coletivo da capital, que tem cerca de 9 mil trabalhadores, está a redução de salários e o ganho proporcional aos dias trabalhados, com um escalonamento, uma vez que a partir deste sábado (28) o sistema passará a operar com apenas 50% da frota.
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