MANAUS – Como esperado, a desembargadora Socorro Guedes lançou seu nome à disputa pela sucessão de Yedo Simões na presidência do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) para o biênio 2020/2022. O primeiro a se inscrever para a eleição interna foi Domingos Chalub, que já ocupou o posto entre 2009 e 2010.
Preterida de assumir cargos de direção da Corte e de assento no Eleitoral em outras ocasiões, apesar de figurar como favorita considerando a tradição de revezamento pelo critério de antiguidade (quebrada desde 2012 e derrubada em 2018 pelo Conselho Nacional de Justiça), Socorro pela primeira vez terá a chance de saber com certeza quem votou nela e quem votará nos seus adversários.
Isso porque a eleição deste ano para a direção do tribunal será a primeira com voto aberto entre os 26 membros da Corte estadual. A votação secreta foi abolida pela lei complementar nº 188/2018. A nova lei determinou que o presidente do TJ-AM “deve ser escolhido pelo voto direto e aberto de todos os seus membros em atividade” e reforçou o entendimento do CNJ de que todos os desembargadores em exercício são elegíveis.
A última eleição para a direção do tribunal foi realizada em 2018, mas antes da lei complementar nº 188/2018 entrar em vigor, consagrou Yedo Simões presidente por aclamação. O concorrente de Yedo à época era Chalub, que desistiu do pleito cinco dias depois de formalizar a candidatura. Yedo chegou na sessão de votação que o elegeu como sendo o único inscrito.
Prazos e outros cargos
O prazo para as inscrições de candidatos a cargos na diretoria (presidência, vice e corregedor) termina no próximo dia 19. A eleição geral para escolha dos novos dirigentes do TJ-AM está marcada para acontecer no dia 14 de abril.
Além de Socorro e Chalub, que se inscreveram na disputa pela presidência, até agora somente as desembargadoras Carla Reis e Nélia Caminha lançaram seus nomes, para vice-presidente e corregedora, respectivamente.
Orçamento e pessoal
De acordo com dados da Divisão de Gestão de Pessoas do TJ-AM, o Judiciário amazonense tem atualmente 2.137 servidores.
Há no Poder Judiciário do Amazonas 184 juízes e 26 desembargadores. O Estado tem 62 comarcas.
Para 2020, o orçamento aprovado para o Judiciário amazonense é de R$ 750,4 milhões.
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