MANAUS – Estudo elaborado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados (Ranking do Saneamento Básico – 100 Maiores Cidades do Brasil), mostra que Manaus só piorou em saneamento nos últimos sete anos da gestão do prefeito Arthur Neto (PSDB).
Os dados foram divulgados nesta semana. Segundo o ranking, nos últimos sete anos (não há dados de 2013), Manaus sempre esteve entre os 20 piores municípios, de 100 avaliados.
Para definir o ranking, são avaliados critérios como indicadores de atendimento de água, coleta e tratamento de esgotos, índice de perdas e investimentos.
Veja abaixo a série histórica de Manaus:
Perdas
De açodo com o Trata Brasil, Manaus perde mais da metade da água produzida e também mais da metade do faturamento decorrente de perdas.
Segundo os números, Manaus possui 72,28% de perdas no faturamento, e 74,95% de perdas na distribuição.
Nota positiva
Das capitais brasileiras, Manaus foi a capital que mais aumentou seus níveis de atendimento em água, um crescimento de 7,51%.
Segundo o levantamento de 2020, enquanto 91,42% dos moradores da capital amazonense são atendidos com fornecimento de água, somente 12,43% têm esgoto coletado.
Desde 2009, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, divulga o Ranking do Saneamento Básico – 100 Maiores Cidades do Brasil.
Nesse ano de 2020, o estudo aborda os indicadores de água e esgotos nas maiores cidades do país com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) – ano base 2018, divulgado anualmente pelo Ministério das Cidades.
No Ranking do Saneamento Básico de 2019, Manaus ficou na 98ª posição. Naquele ano, o estudo considerava informações do ano de 2017.
Já no Ranking do Saneamento Básico de 2020, considerando dados de 2018, a capital do Amazonas passou a figurar na 96ª posição, entre 100 cidades avaliadas.
A Aegea Saneamento e Participações S.A (Águas de Manaus) assumiu o serviço de água e esgoto na capital do Amazonas em 2018, ao adquirir a Manaus Ambiental e a Rio Negro Ambiental, que eram as responsáveis pelos serviços.
O relatório completo do levantamento pode ser acessado aqui.
Matéria atualizada em 11/03, com nota da Águas de Manaus:
A Águas de Manaus vem trabalhando na ampliação e na melhoria das condições de acesso ao saneamento básico na cidade e cumprir todas as metas estabelecidas no contrato de concessão. O “ranking do saneamento 2020”, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, tem como base dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2018. Em junho deste mesmo ano, a Águas de Manaus passou a atuar na capital amazonense.
Apesar de ter apenas seis meses de operação abrangidos pelo estudo, a concessionária conseguiu melhorar os números da cidade, em comparação com o último ranking. Das capitais brasileiras, Manaus foi a que mais aumentou seus níveis de atendimento em água entre 2014 e 2018 (crescimento de 7,51 p.p.). A cidade também ampliou os indicadores de novas ligações de água e ainda evoluiu no atendimento total de esgoto. Isso fez a cidade subir duas posições no ranking.
Manaus também teve o quinto maior investimento entre as capitais do país em saneamento no período. Com R$ 155,16 milhões investidos, a cidade ficou atrás apenas de São Paulo, Brasília, Natal e Cuiabá. Com esse aporte, a concessionária conseguiu realizar melhorias como a construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE´s), novos reservatórios, extensões de rede e implantação de novos sistemas de abastecimento na cidade. Atualmente, 98% da capital amazonense recebe água tratada pela empresa e 20% da cidade possui redes de coleta e tratamento de esgoto disponível. De acordo com o plano de investimentos previsto em contrato até 2030 , a cidade de Manaus terá 80% de cobertura de esgotamento sanitário, chegando a um patamar superior a atual média nacional de tratamento de esgoto (cerca de 46%). Para isso, serão investidos cerca de R$ 2,7 bilhões no período.