MANAUS – A presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargadora Eleonora Saunier Gonçalves, já pediu a intervenção dos ministérios públicos Federal (MPF-AM) e do Trabalho (MPT-AM) para dar uma solução imediata à greve dos rodoviários, em Manaus, que paralisa o transporte público há sete dias, com graves consequências à ordem pública e econômica da cidade.
“A preocupação de todas as instituições é o restabelecimento da ordem e a preocupação do TRT vai além, inclusive, do que pode nos processos”, disse a presidente ao prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, durante visita na manhã desta segunda-feira (4).
O encontro do prefeito com a presidente do TRT se deu enquanto manifestantes depredavam pelo menos 61 ônibus no Terminal 4, bairro Jorge Teixeira, em protesto a falta de transporte coletivo na capital. “A presidente é muito sensata, muito firme em suas convicções e nós todos partilhamos desse desejo de ver Manaus pacificada e em ritmo de normalidade, com respeito ao direito de ir e vir das pessoas. Essa situação está passando de todo e qualquer limite”, afirmou o prefeito, após uma extensa conversa com a desembargadora.
Além de majorar a multa prevista de R$ 30 mil, por hora, para R$ 200 mil, por hora de paralisação ao Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM), a magistrada também aplica multa de R$ 90 mil pelo descumprimento inicial da decisão liminar proferida, determinando, ainda, a execução provisória, com bloqueio da quantia nas contas do sindicato.
Ainda segundo a presidente do TRT, a greve é ilegal e abusiva e todos os esforços estão sendo feitos pelas instituições no sentido de por fim aos desacatos. Ela espera que, durante o dia de hoje, haja uma solução permanente. “No correr deste dia estaremos em contanto com os dois ministérios públicos para encontrar uma solução que seja viável, que seja jurídica e que seja competente para o encaminhamento dessa paz”, afirmou a desembargadora. “A intervenção dos dois ministérios públicos é muito importante, porque a intervenção do TRT também tem limites”, finalizou Eleonora.