MANAUS – O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que o superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Alfredo Menezes, entregou “na bandeja” o polo de concentrados da ZFM (Zona Franca de Manaus).
A declaração é uma reação às críticas que Menezes publicou nas redes sociais na manhã desta sexta, onde chama Ramos de “irresponsável” e “sem credibilidade”.
“Só leio e respondo quem eu levo a sério e eu não levo a sério um desqualificado que entregou o polo de concentrados na bandeja”, disse o deputado ao Estado Político.
A fala de Menezes ocorreu após a coluna Contexto, do jornal Em Tempo, publicar na edição desta sexta uma nota onde Ramos afirma que o superintendente da Suframa prometeu aos empresários da Coca-Cola e Ambev, que conseguiria, junto ao presidente Jair Bolsonaro, manter a alíquota do setor de refrigerante da ZFM em 10% e sem o envolvimento da bancada federal do Amazonas. O que não ocorreu.
“Em matéria publicada no jornal “EM TEMPO” o Deputado Federal Marcelo Ramos de forma irresponsável e leviana, faz afirmações absolutamente mentirosas e sem qualquer fundamento a meu respeito. Poderia respondê-lo de modo simples e objetivo, pois todos que conhecem a sua trajetória pessoal e profissional, um carreirista, sabem tratar-se de uma pessoa absolutamente inconfiável e sem credibilidade nenhuma com o povo do estado do Amazonas”, diz Menezes em trecho da publicação.
Aliado de Bolsonaro, Menezes sustenta em tom negativo que Marcelo Ramos iniciou sua carreira na política como comunista e que hoje é eleitor declarado do Partido dos Trabalhadores. Ele cita uma lista de políticos do Amazonas com que o parlamentar já teve aliança, que vão desde Eron Bezerra, do PC do B, Eduardo Braga, do MDB.
Na quinta-feira, 16, Menezes esteve em Brasília com Bolsonaro. Após a reunião, o superintendente gravou um vídeo onde diz que o novo decreto sobre a concessão de subsídios para produção de refrigerantes da ZFM trará “melhores opções”, mas não cita quais.
Mais cedo, na quinta, em entrevista à imprensa, Bolsonaro já havia declarado que elevaria o subsídio de 4% para 8%, mas também afirmou que vai acabar com esse incentivo de “forma mais suave”. A bancada federal e políticos do estado consideraram a fala de Bolsonaro um ataque direto à ZFM, ameaçando a permanência de fábricas no estado e colocando em risco milhares de empregos gerados pelo Polo Industrial de Manaus.