MANAUS – Em reação à declaração do prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), que afirmou nesta terça-feira, 14, que o estado precisa “evitar a figura dos salvadores da Pátria” no debate sobre a redução dos incentivos ao setor de concentrado da ZFM (Zona Franca de Manaus), o deputado federal Marcelo Ramos (PL) disse que o tucano busca dar opinião em temas onde sua fala não tem mais nenhuma relevância.
“É patético o desespero do prefeito Arthur. Vivendo a maior crise do transporte coletivo com apenas 80% da frota rodando, com a estratégia de saúde da família cobrindo apenas 33% da cidade, o prefeito quer dar opinião em temas sobre os quais sua fala já não tem nenhuma relevância”, escreveu Marcelo Ramos em publicação no Twitter.
O prefeito de Manaus, questionado pela imprensa no evento de inauguração da nova sede da Ageman (Agência Reguladora dos Serviços Públicos), comentou nesta terça, a decisão do Governo Bolsonaro.
“Acho que todo mundo deve trabalhar unido. O governador, o prefeito, a bancada. Devemos evitar a figura dos salvadores da pátria, sabe aquele que vai para uma entrevista com não sei quem e consegue uma promessa e sai na mídia. Acaba com esse negócio de salvador da pátria. Tem que ser um trabalho de todo mundo que possa ajudar”, disse Arthur.
Arthur não citou nomes daqueles que, para ele, estariam se apresentando como “salvadores da Pátria”. Mas a declaração do prefeito ocorre um dia após o líder da bancada federal do Amazonas, senador Omar Aziz (PSD), ter divulgado vídeo onde informa ter tido uma conversa com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o tema.
Marcelo Ramos disse que a bancada de deputados e senadores do Amazonas segue “unida e mobilizada” na defesa dos empregos dos amazonenses.
A decisão de reduzir a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) do setor de concentrado de refrigerantes da ZFM, prejudica as indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), como Coca-Cola e Ambev. Se mantida a decisão de Bolsonaro, o setor instalado no Amazonas estará inviabilizado.
Abaixo, a publicação de Marcelo Ramos: