MANAUS – Após o prefeito Arthur Neto (PSDB) ameaçar ir à Justiça do Trabalho contra o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Manaus (Sinetram), motoristas e cobradores paralisaram 100% da frota de ônibus nesta quinta-feira (31).
Esse é o terceiro dia consecutivo de paralisação ilegal, que já prejudicou mais de 600 mil pessoas. Na terça-feira mais de 350 mil pessoas foram prejudicadas, ontem mais de 255 mil usuários também foram prejudicados.
“Mais uma vez a população foi penalizada com uma greve irregular. O Sinetram confia na justiça e entende que o diálogo envolvendo empregadores, empregados e a Prefeitura, é o melhor caminho para o enfrentamento da questão, de forma a preservar o interesse público. Desde que se respeite a ordem judicial e o direito de ir e vir da população, estaremos abertos ao diálogo, pois a população não merece isso”, explica o assessor jurídico do Sinetram, Fernando Borges.
A ação dos rodoviários, sob o comando do presidente do STTRM, Givancir Oliveira, contraria decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Na última terça-feira, 29, a presidente do Tribunal, Eleonora de Souza Saunier, deferiu uma nova liminar e aumentou a multa para de R$ 30 mil, para R$ 200 mil por hora de paralisação e em caso de descumprimento, pediu apoio das forças policiais para manter a ordem.
Ontem, o Sinetram, o Sindicato dos Rodoviários e a Prefeitura se reuniram para mais uma rodada de negociação, sem acordo. O prefeito Arthur declarou então que os dois sindicatos tinham o prazo de 24 horas para entrar em um consenso.
Atualmente as nove concessionárias que operam o transporte coletivo de Manaus transportam, em média, 750 mil passageiros em 229 linhas.