MANAUS – O Governo do Amazonas informou nesta quarta-feira (18) que com a gestão do Hospital Francisca Mendes compartilhada entre a Secretaria de Estado de Saúde (Saúde) e a Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (Unisol) será possível recuperar a capacidade instalada da unidade e ampliar o serviço de cirurgia cadiopediátrica.
“A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) adotou uma série de medidas para reorganizar o Hospital Francisca Mendes e ampliar a oferta de cirurgias cardíacas e outros serviços realizados pela unidade, que é referência em cardiologia no Amazonas. O plano inclui, principalmente, a recuperação da capacidade instalada do hospital e a ampliação dos serviços de cirurgias cardiopediátricas para reduzir o tempo de espera de pacientes”, informou o governo.
O tempo de espera por cirurgias e a capacidade para realizá-las na unidade têm servido de munição para os discursos da oposição contra o governo na Assembleia Legislativa (ALE-AM). Nesta quarta, os deputados Wilker Barreto (Podemos) e Dermilson Chagas (PP) informaram que ingressaram com um pedido de impeachment do governador Wilson Lima (PSC).
Segundo o governo, a unidade está sob nova direção, após a prorrogação do contrato de gestão com a Unisol, no dia 4 de dezembro. “A Susam está atuante dentro da unidade, em gestão compartilhada com a Unisol, para reorganizarmos toda a estrutura hospitalar do Francisca Mendes, melhorar abastecimento e fornecimento de materiais”, disse o secretário de Estado de Saúde, Rodrigo Tobias, por meio da Secretaria de Comunicação do governo (Secom).
Ampliação
De acordo com o governo, a capacidade da unidade já passou por ampliação em 2019. Segundo dados da Susam, em consequência disso, o número de cirurgias cardíacas pediátricas foi maior que em anos anteriores.
“O aumento foi de 30,2% em relação ao ano passado. Até novembro, foram 112 cirurgias cardíacas em crianças, quando no ano passado foram 86 em todo o ano. Em 2017, foram 57”, informou o governo.
Hemodinâmica
O governo informou ainda que na quinta-feira (12), um aparelho do serviço de hemodinâmica que estava inoperante foi consertado. Segundo a Susam, entre sexta e a manhã de segunda, oito pacientes haviam passado por procedimentos realizados com o aparelho, como cateterismo, marca passo e angiografia cerebral.
Medidas imediatas
O governo informou que pretende colocar para funcionar pelo menos mais seis leitos de UTI (três adultos e três pediátricas) e mais uma sala cirúrgica específica para a cardiopediatria na unidade.
Para essa finalidade, segundo o governo, deve ser usado R$ 1 milhão, proveniente de um acordo com a Justiça, intermediado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a Defensoria Pública (DPE). O acordo prevê liberação de recursos de bloqueio judicial ainda sem execução.
“Os recursos serão usados para corrigir falhas estruturais, conserto de equipamentos e compra de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), insumos e medicamentos e que mais for necessário para reativar leitos que estão parados, incluindo a compra de um novo aparelho de ecocardiograma, multiparamétricos e respiradores”, informou o governo.
De acordo com o texto enviado pelo governo, a Susam prepara um Edital de Chamamento Público para contratar serviços de assistência em cardiologia adulto e pediátrico, incluindo cirurgias, na rede complementar (iniciativa privada), para dar suporte ao Francisca Mendes.